Perdão da dívida "não é solução", diz João Ferreira do Amaral
O economista João Ferreira do Amaral disse hoje que o perdão da dívida "não é solução" para as crises financeiras europeias e que a Grécia vai a caminho de um "desastre".
"Com o nível de dívida externa que Portugal atingiu, não há condições para um crescimento sustentado", disse Ferreira do Amaral na conferência "O valor da poupança e o rigor das Finanças Públicas", promovida hoje pelo Tribunal de Contas em Lisboa. No entanto, "o perdão da dívida não é solução", acrescentou Ferreira do Amaral.
"Uma reestruturação reduz muito as possibilidades de financiamento do Estado e do sistema bancário no futuro. A reestruturação significa um perdão da dívida, um incumprimento, o BCE [Banco Central Europeu] terá mais dificuldade em emprestar aos bancos no futuro, e é muito mais difícil os mercados voltarem a confiar quer no Estado quer nas instituições do país. Como vamos precisar de financiamento externo durante muitos anos, creio que é muito perigoso avançar por uma pseudo solução dessas”, disse o economista.
"Vamos ver o que acontece à Grécia. Julgo que vai ser um desastre."
Para o economista, "só há uma solução" para a crise das dívida que afeta Portugal: alcançar um excedente na balança de pagamentos.
Ora, o melhor "instrumento" para o fazer seria a "desvalorização cambial", que Portugal não pode utilizar por estar integrado na moeda única. Assim, Ferreira do Amaral defende que Portugal devia "sair do euro".
“A moeda única deixou de ser um projeto político viável. Havia uma condição para se manter viável: que nenhum país entrasse em incumprimento. A Grécia mata o euro como projeto político para a Europa”, disse Ferreira do Amaral.
Em declarações aos jornalistas, o presidente do Tribunal de Contas discordou deste opinião: “O euro é um projeto político com atualidade, que obriga a uma alteração estrutural da União Europeia”, disse Guilherme d’Oliveira Martins.
“Precisamos de um vice-presidente que assuma claramente as questões do governo económico da União”, disse Oliveira Martins.
Notícia apresentada por: Filipe Esteves Nº9 11ºD
15 comentários:
Esta noticia mostra uma outra saída para a crise atual.O economista João Ferreiro do Amaral disse nesta conferencia que a divida externa de Portugal não permite um crescimento sustentado.Ele diz que o perdão da divida não será solução porque vai reduzir muito as possibilidades de financiamento do Estado e do sistema bancário no futuro.Será muito mais difícil os mercados voltarem a confiar no estado e nas instituições do país.
O financiamento externo será necessário durante muitos anos.Não podemos assim por em risco este financiamento.
A solução que aponta para a crise é alcançar um excedente na balança de pagamentos ou seja que os fluxos monetários que entrem no pais sejam superiores aos que saem.O melhor instrumento seria a desvalorização da moeda para aumentar as nossas exportações e reduzir as nossas importações.Com esta medida alguns serviços , nomeadamente os que se relacionam com o turismo, teriam um grande impulso.
Tal desvalorização cambial não é possível ja que Portugal está integrado na moeda unica.Por isso João Ferreira do Amaral diz que Portugal deve sair do euro.Para este economista a moeda unica deixou de ser um projecto viável pois a Grécia arrisca fortemente a entrar em incumprimento.
O Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins,não concorda com esta opinião, já que para ele o euro é um projeto político que deve obrigar a uma alteração estrutural da União Europeia.
Importante nesta noticia é que se deve ouvir outras opiniões, e ter planos alternativos para a saída da crise.
O perdão da dívida na minha opinião, não é uma situação viável, pois no futuro quando precisamos novamente de dinheiro, e quisermos pedir aos bancos estrangeiros, ou então precisarmos de recorrermos as instituições , entre outros sítios onde podemos pedir dinheiro emprestado , nenhumas instituições nos vão querer emprestar dinheiro. Pois estas instituições, ou o sitio onde recorremos ao crédito não vão reaver o seu dinheiro, porque sabem como Portugal não conseguiu pagar uma vez, não consegue pagar “desta”.
Como podemos ver nesta notícia, uma das possíveis soluções para Portugal ter um saldo de uma balança de pagamentos positivas era sair da zona euro, para poder manipular a sua taxa cambial. Visto que actualmente como Portugal, pertence à zona euro, ou seja, está integrado num conjunto de países e por isso tem de obedecer às regras impostas por esta união. O que faz com que Portugal, não possa alterar a sua taxa de câmbio para o seu próprio benefício ( desvalorizar a moeda para poder aumentar as exportações e diminuir as importações), mas tenha de ser subordinado pela alteração da taxa de câmbio do banco central europeu.
Para o economista Freitas do Amaral , acha que o perdão da dívida não é a atitude mais sensata, e também acha que Portugal deve sair da zona euro, para poder manipular a sua taxa cambial, segundo a forma que lhe for mais favorável.
Inês Moura, nº12
Perder a confiança. Esta será a atitude dos outros países da zona euro em relação a Portugal, se o perdão da dívida for alcançado. É claro que esta não será a melhor estratégia para finalizar a dívida e a dependência externa em que o nosso país se encontra actualmente. Penso que tal acto só irá agravar a nossa situação económica pois não iremos garantir qualquer tipo de ajuda no futuro quer por parte dos bancos, quer por parte dos mercados estrangeiros. Isto para não falar de que sucessivos perdões da dívida e consecutivos insucessos do seu pagamento irão criar um grave ciclo vicioso. Esta ideia, como está retratada na notícia, é apoiada e divulgada por João Ferreira do Amaral, economista português. Mas até quando iremos necessitar de financiamento? Para sempre? Também não será uma solução válida, mas sim o inicio de uma dependência externa permanente por parte do nosso país e que acabará por o prejudicar a todos os níveis. Sendo assim, iremos pelo mesmo rumo que a Grécia: um país continuamente financiado e que caminha para o “desastre”.
Reescalonamentos e análises têm sido feitos à dívida portuguesa ao longo dos tempos, mas não é isto que se pretende. Para tentar solucionar a nossa situação económica, social e financeira é indispensável criar medidas estruturantes com base em opiniões divergentes, de forma a combater os problemas por que nos deparamos. O aumento da produtividade, criação de postos de trabalho, aumento do nível de poupança, rejuvenescimento da população, iniciativas prósperas às diversas actividades económicas e a transferência de despesas em fins pouco ou nada rentáveis para financiamento de áreas como a saúde e educação são exemplos de algumas dessas medidas que devem ser construídas o mais rápido possível.
Já que a integração de Portugal na União Europeia se torna uma limitação para o alcance da desvalorização da moeda (através da alteração da taxa de câmbio) e, consequentemente, a melhoria da Balança de Pagamentos (com o aumento das exportações e diminuição das importações), os portugueses terão de optar por outros caminhos.
O Presidente do Tribunal de Contas, Guilherme d’Oliveira Martins, divulgou ainda que “O euro é um projecto político com actualidade, que obriga a uma alteração estrutural da União Europeia”, discordando assim completamente da conclusão de João Ferreira do Amaral (“A Grécia mata o euro como projecto político para a Europa”). Tendo em conta o que o presidente do tribunal declarou, podemos concluir que a adesão ao euro continua a ser um plano actual e que leva a mudanças a nível europeu mas, na minha opinião, não muito justo. É evidente que em certas alturas a moeda euro é comandada pelos países de maior requerimento e poder e, assim, os países mais empobrecidos, tal como Portugal, irão perder a sua liderança como gestores da sua própria unidade monetária. Desta forma, a solução designada por “melhor instrumento”, a desvalorização da moeda, será impedida, assim como, todos os países em redor, juntamente com os seus mercados, irão perder a confiança no nosso país.
Rita Alexandra Matos Nº19 11ºD
João Ferreira do Amaral, economista, afirma dizendo que o perdão da dívida não é solução. Eu concordo com o João Ferreira do Amaral, porque penso que existe soluções mais viáveis para a dívida externa.
Se houver um perdão da crise e futuramente precisarmos de financiamento, nenhuma instituição financeira o irá conceber porque a partir do momento que haja um perdão da crise, Portugal perde a credibilidade toda.
O que é certo é que Portugal está num beco sem saída, porque com os cortes implementados pelo novo orçamento de Estado, vai ser muito díficil criar riqueza para o país.
Na parte que toca em Portugal sair do euro, já não sei se concordo com o economista, porque apesar de Portugal e outros países com menor potência económica terem desvantagens inerentes também existem vantagens que compensam essas desvantagens. A saída de Portugal do euro poderia ser desastroso e poderia tambem fazer com que Portugal se afundasse mais nas suas dívidas.
Esta noticía fala duma situação que não seria benéfica para Portugal no futuro ,pois se nos perdoarem a dívida, as instituições finanaceiras (Banco Central Europeu, por exemplo)não teria confiança em nós para nos emprestar dinheiro num futuro próximo, uma situação que provavelmente irá acontecer no futuro. Mas se virmos noutra perspectiva, o perdão da dívida sera benéfico para o nosso País porque iriamos ter menos dívidas para pagar e podíamos usar esse dinheiro para desenvolver certas áreas como a agricultura.
Eu concordo com o economista João Ferreira Amaral nesta aspecto pois nós iremos precisar dum financiamento externo no futuro e se nos perdoarem a dívida isso seria muito difícil de acontecer pois não confiavam em nós.
Outro aspecto que a notícia fala é a desvalorização da moeda, uma situação que para Portugal é impossível de concretizar pois nós vivemos numa União, com uma política de moeda única, onde só existe uma instituição que é capaz de fazer isso, o BCE - Banco Central Europeu.
Na última parte da notícia, João Ferreira Amaral diz que a única opção para sair da crise é sair do euro pois este projecto deixou de ser viável. Eu não concordo com o Sr. João Ferreira Amaral porque a saída do euro iria trazer mais consequências negativas que positivas. As consequências negativas seriam um grande aumento da nossa dívida pois a nossa moeda estaria muito desvalorizada. A outra consequência seria o aumento dos preços das importações o que resultaria na diminuição do poder de compra o que seria péssimo pois diminuia o nível de vida do nosso povo. A consequência positiva seria o aumento das exportações porque os nossos produtos estariam mais baratos, e a criação de mais emprego.
O perdão da dívida certamente seria uma maneira “fácil” de resolver a situação de crise portuguesa. Mas seria ela uma boa solução? Obviamente que não, pois haveria muito pouca confiança em Portugal, sendo muito difícil obter empréstimos. Concordo com o economista João Ferreira do Amaral quando ele diz que o perdão da dívida não é solução. Claro que se chegarmos a um ponto em que essa é a única saída, teremos que ir por esse caminho, mas acredito que isso não será necessário.
João Ferreira do Amaral apresenta como única solução da crise, a desvalorização da moeda, que como sabemos não é possível pois essa função cabe ao BCE (Banco Central Europeu). Para ser possível a desvalorização da moeda ele defende que Portugal devia “sair do euro”. De certa forma seria bom que Portugal saísse do euro pois Portugal não se conseguiu adaptar da melhor forma. É verdade que Portugal melhorou em diversos aspectos com adesão à União Europeia mas podia e devia ter melhorado muito mais. Não soube aproveitar da melhor forma, os recursos monetários provenientes, ao contrário de países como Alemanha que os aproveitaram muito bem.
É importante referir que eu não defendo a saída de Portugal do euro sozinho, pois assim, acho que dificilmente conseguiria suportar essa saída. Mas se o euro “cair”, nesse caso sim, acho que Portugal deveria sair do euro, podendo então proceder à desvalorização da moeda de forma a aumentar as exportações.
Acho que para resolver a crise não é a pensarmos em coisas como estas que o vamos conseguir. Além disso não podemos esperar para ver o que acontece com a grécia.Temos sim, que pensar em formas de alcançar um “excedente na balança de pagamentos”, nomeadamente através de medidas e politicas que atraiam o investimento e permitam o crescimento da economia portuguesa.
“O euro é um projeto político com atualidade, que obriga a uma alteração estrutural da União Europeia”, disse Guilherme d’Oliveira Martins. Concordo com esta afirmção. Não sei exactamente a que alteração estrutural Guilherme d’Oliveira Martins se está a referir mas na minha opinião, a União Europeia tem que mudar a formar como faz as suas politicas tomando medidas gerais e específicas. Falo em medidas específica pois os países encontram-se todos em situações diferente, têm recursos diferentes logo também devia que haver medidas diferentes.
Mark Alexandre Vaz
Nº16 11ºD
O economista João Ferreira do Amaral, faz um comentário negativista ao estado da economia europeia, mais concretamente ao da Portuguesa e da Grega, pois afirma que o estado económico actual é incomportável, a meu ver, julgo não haver necessidade de tomar o problema como pior do que realmente é, e muito menos de “sair do euro” como refere posteriormente, sendo que esta saída custaria um valor, esse sim incomportável para os bolsos dos portugueses.
Quanto ao seu manifesto de que “Uma reestruturação reduz muito as possibilidades de financiamento do Estado e do sistema bancário no futuro”, concordo, pois as iras dos mercados são muito irregulares, tendo esse facto se manifestado hoje (24-11-2011) dia em que a agência de notação financeira Fitch decidiu colocar a notação financeira de Portugal em “BB+” de “BBB-”, uma descida de um nível, mas que coloca o “rating” de Portugal num patamar considerado de “lixo”, ou seja, de investimento especulativo.
O economista João Ferreira do Amaral salienta também o facto de considerar a existência de somente uma solução para a crise das dívida que afecta Portugal, sendo esta alcançar um excedente na balança de pagamentos, ou seja atingir um saldo positivo, de superavit, da balança de pagamentos, o que é possível através do aumento das exportações e da diminuição das importações, acção também possível para países que possuem autoridades monetárias nacionais, a partir da desvalorização da moeda, que teria as repercuções desejadas para este superavit tão pretendido, acto a que Portugal não pode recorrer, pela sua moeda, comum a outros países membros desta União, que cada vez menos o parece.
Afonso Pedroso Nº1 / 11ºD
Não poderia haver pior notícia para Portugal na medida em que aos olhos de João Ferreira do Amaral, Portugal vai a caminho do abismo e não tem como voltar para trás, e portanto o que nos espera é uma grande queda!
Mas será assim tão claro? Bem, segundo João Ferreira do Amaral, Portugal tinha hipóteses para inverter a situação actual que passavam não só pelo perdão da dívida mas também "sair do euro", mas no entanto estão ambas hipotecadas.
Em relação ao perdão da dívida, concordo quando se diz que não é uma boa solução, porque vejamos, Portugal não é muito bem visto actualmente pelos mercados, e se nos perdoassem a dívida muito menos. Ora nessa situação, ou Portugal não conseguia obter empréstimos, ou então conseguia mas com juros exorbitantes que nunca conseguiria pagar.
"Ora, o melhor instrumento para o fazer seria a desvalorização cambial". Obviamente também esta opção está hipotecada porque como sabemos o único organismo que pode intervir na fixação das taxas de câmbio é o Banco Central Europeu, no caso do euro.
Em virtude de Portugal não ter acesso a uma desvalorização cambial, a opção mais sensata seria "sair do euro", defende João Ferreira do Amaral. Seria no entanto esta uma boa alternativa? Teria Portugal capacidade de travar forças com outras moedas bastante mais poderosas? Não me parece.
A única coisa que podemos fazer é esperar e ver o que acontece!
Bernardo Santos, Nº7 - 11ºD
Concordo plenamente com os ideais da notícia, uma Grécia abalada economicamente não receberá empréstimos futuros de outras instituições se a dívida lhes for perdoada e por isso é que João Ferreira do Amaral indica que a Grécia ''vai a caminho de um desastre''.
Apesar da má situação financeira em que nos encontramos o perdão da dívida, tal como para a Grécia, não é solução, pois isso irá mostrar que Portugal não consegui cumprir aquilo que estava proposto, logo a confiança dos mercados internacionais em Portugal irá decrescer novamente.
João Ferreira do Amaral crê que uma desvalorização da moeda seria a solução possível, embora isso não seja possível agora provavelmente irá tornar-se possível num futuro próximo pois a União Europeia está por um fio.
Esta desvalorização da moeda levará a um excedente na balança de pagamentos, devido à diminuição das importações e ao aumento das exportações.
Até lá resta-nos continuar a cumprir os programas propostos para uma melhor situação económica.
Henrique Olim Cardoso
Esta noticia retrata uma outra saida para a da crise actual presente em portugal, esta nova saida consiste no perdão da divida externa. No meu entender não acho que esta seja a melhor solução, porque esta opção pode vir a gerar varias consequencias negativas, entre as quais se insere o problema da falta de confiança, ou seja, quando portugal sentir a necessidade de pedir dinheiro emprestado nehuma instituição o vai querer emprestar. Acho que a portugal talvez devesse optar por considerar uma eventual saida da zona euro para poder reduzir a sua taxa cambial da forma lhe for mais propicio para o seu crescimento.
Vasco Soares Nº22 11ºD
Esta notícia dá-nos conta das declarações do economista português, João Ferreira do Amaral, acerca do perdão das dívidas soberanas como solução para as crises financeiras europeias. Ferreira do Amaral diz que o perdão das dívidas não é solução, uma vez que impossibilitará que as economias cresçam de uma forma sustentável. Com o perdão da dívida, surgirão grandes dificuldades de financiamento do Estado e das suas instituições financeiras. O incumprimento levará o país a uma enorme quebra de confiança, quer perante os mercados internacionais, quer aos olhos do Banco Central Europeu (BCE). O economista português diz que é muito perigoso avançar com o perdão da dívida, tendo em conta que vamos ter que continuar a recorrer ao financiamento externo. Ferreira do Amaral assegura que a única solução para a crise da dívida que afecta Portugal passa por alcançar um excedente na balança de pagamentos através da desvalorização da moeda. Para isso, Ferreira do Amaral defende a saída de Portugal da moeda única.
Ora, concordo com o facto de o perdão das dívidas não ser uma solução aceitável para resolver as crises financeiras europeias e discordo da saída de Portugal da moeda única. O perdão da dívida seria, certamente, a medida mais fácil para solucionar a crise portuguesa, mas apenas a curto prazo. A longo prazo, é de ter em conta que Portugal irá precisar sempre de recorrer ao financiamento externo e, se nos valêssemos do perdão da dívida, cresceriam as dificuldades de acesso ao crédito e as taxas de juro atingiriam valores exorbitantes. O incumprimento, que teria como consequência o perdão da dívida, levaria Portugal a uma grande quebra de confiança, quer aos olhos dos mercados internacionais, quer aos olhos do Banco Central Europeu (BCE). Até ver, as perspectivas de crescimento da economia portuguesa não são animadoras. Por essa razão, hoje, dia 24, a agência de notação financeira Fitch baixou a classificação atribuída a Portugal de BBB- para BB+, considerando como "lixo" os títulos portugueses, devido às expectativas de crescimento económicas negativas para os próximos anos. Apesar de tudo, julgo que o perdão da dívida não é uma solução viável para o país.
Relativamente à saída de Portugal da moeda única, tenho a dizer que não é também uma solução praticável. Compreendo que, neste momento, nenhuma outra entidade se não o Banco Central Europeu (BCE) possa intervir na fixação das taxas de câmbio do euro e que, se tivemos uma moeda própria que não o euro, poderíamos optar pela desvalorização da moeda, aumentando as exportações (produtos nacionais mais baratos) e reduzindo as importações (produtos estrangeiros mais caros), o que, no final de contas, levaria a uma melhoria/desagravamento da Balança de Pagamentos portuguesa. No entanto, julgo não ser esta a melhor opção. Não me parece que uma moeda portuguesa conseguisse fazer frente a outras moedas fortíssimas como o dólar ou o euro. Julgo que a moeda única é, ainda nos dias de hoje, um projecto viável e actual, embora sejam necessárias e urgentes algumas medidas que adeqúem este projecto à actual conjuntura financeira global. Penso que Portugal só sairá da Zona Euro quando e se a União Europeia cair. Nesse caso, afundar-nos-emos juntos para juntos nos reerguermos.
João Aragão, nº14, 11ºD
Como tinha sido pelo professor falado em aula, este assunto remete para as consequências do perdão da vida.
A Grécia teve perdão de parte de divida, significa que, todos os bancos a que o país teria de retribuir o dinheiro emprestado, mais juros, passam a não receber esse mesmo valor. Isto trás vantagens a curto prazo, pois um país, que já nem sequer tem dinheiro para se sustentar a si mesmo, muito dificilmente conseguirá despender saldo para pagar os juros, assim sendo, é bom para estes países que isto aconteça, pois retrata o melhor que pode-mos fazer, usar o dinheiro dos outros, sem ter que o retribuir. Até agora tudo parece bem, seria bom para o país e criaria fôlego na nação.
A longo prazo, acontece algo provavelmente pior do que se esta dívida não fosse perdoada, pois ninguém fica bem após não receber a recompensa ao empréstimo do seu dinheiro. Os bancos, os investidores, os mercados, ou seja, no fundo, grande parte dos agentes económicos ficam sem confiança nesse país, pois não irão, caso aconteça outra crise, emprestar dinheiro, ou seja, o país irá a falência nessa outra crise, muito mais rápido do que teria ido nesta. É importante perceber que é preciso pensar no futuro quando fazemos os nossos actos, no entanto, compreendo que esta tenha sido a última das últimas opções, mas infelizmente, este país, bem como outros que sigam este catastrófico exemplo será muito prejudicado por a ter escolhido.
A partir do momento em que um país tem a sua dívida externa perdoada, deixam de ser feitos investimentos nele próprio, pois é como dar de novo dinheiro à alguém que demos uma vez mas essa pessoa nunca nos pagou.
Assim sendo, aproveito para dizer que, se isto acontecer a Portugal, que não se pense que seja algo bom para o nosso país, pois apenas o será no curto prazo, desvanecendo-nos qualquer possibilidade de desenvolvimento ou recuperação.
Caso isto aconteça, apenas poderemos recuperar toda a credibilidade dos mercados e dos investidores, por iniciativa e mérito próprio, sem a ajuda de nenhum destes.
Tiago Oliveira N21 11D
Esta notícia retrata um acontecimento, que na opinião de muitos é aceitavel e de facto comprensivel. No meu ponto de vista, esta pode traser impactos negativos para Portugal, como por exemplo a "nao confiança por parte dos bancos". Em suma acho que Portugal devia ponderar a hipotese de apostar de sair da zona euro.
Afonso Soares
Pelo que me tenho apercebido nos últimos tempos, tudo o que se passa por cá (em Portugal) é visto como uma tragédia e alvo de exploração, já no caso de outros países com economias ainda mais debilitadas tudo é analisado com eufemismos quanto ao que se passa no núcleo político e económico.
É isso que leva a que vejamos debates e análises com premissas erradas que não nos levam a lado nenhum. É também a razão pela qual não partilho do mesmo ponto de vista do economista João Ferreira do Amaral, quando se refere à (não) solução da crise e quanto à posição que Portugal deve tomar perante a moeda única.
Relativamente ao primeiro ponto, não concordo que o perdão da dívida seja solução, acho sim que não é “A” solução. Digo-o porque já presenciámos casos, como o do Equador, em que esta é uma solução, que quando bem demonstrada é a mais inteligente, mais fácil e menos prejudicial para a população. Quando nos encontramos em situações que exigem decisões, como esta situação em que temos de fazer uma escolha que resolva um problema financeiro, devemo-nos quase que somente basear no que será melhor para nós. Se assim for, qualquer pessoa perceberá que, por vezes, todos os cortes que estão a fazer à sua liberdade e ao seu poder de compra serão realmente necessários.
A partir daqui, concluo que na realidade o perdão da dívida não é solução, porque visto que até agora ninguém foi capaz de demonstrar a injustiça que é pagarmos uma divida da qual não fomos criadores, não será possível avançar com esta opção, até porque seria num futuro próximo a mais dolorosa para os que por cá residem.
No que diz respeito à minha segunda contradição, a de não concordar com a saída do país da união económica e monetária, defendo-a porque será tão nociva como a anterior, pois enquanto o perdão da dívida irá resultar na insuficiência de financiamento por parte dos investidores (estrangeiros na sua maioria), a saída do euro também conduzirá a uma mesma insuficiência de financiamento e liquidez causada pela falência das instituições bancárias portuguesas, pela corrida aos bancos por parte dos portugueses que terá lugar logo no dia que se segue a esta decisão.
Tanto uma como outra, pela falta de financiamento que causam, irão caminhar para uma grave e perigosa recessão económica, porque como é sabido, a economia não funciona sem financiamento.
A solução está mais próxima de inúmeras medidas que têm vindo a ser tomadas pelo governo mas também pelo sentido de responsabilidade de cada cidadão, como um proteccionismo não através de alterações legislativas, até porque não nos seria permitido, mas sim por alterações das mentalidades no consumo das famílias. Em Portugal, a procura interna tem de ser satisfeita mais pela produção nacional do que pelas importações, e ao mesmo tempo com uma promoção das exportações, até porque caso contrário, ou seja, se não promovêssemos as exportações voltaríamos aos anos 70, em que só se consumia o que era produzido no país e ninguém tinha noção do que se passava fora das fronteiras, o que teve graves impactos, essencialmente sociais na medida em que fariam regredir o desenvolvimento humano.
Pedro Tomé Nº17 11ºD
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