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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Portugal quebra 0,8% em 2011

26 Janeiro 2011 | 14:22
Probabilidade de serem necessárias mais medidas de consolidação orçamental é "elevada".
A economia portuguesa vai registar uma contracção de 0,8% em 2011, de acordo com as previsões do núcleo de estudos de conjuntura da Universidade Católica (Necep). O valor corresponde a uma revisão em baixa de 0,1 pontos percentuais em relação à projecção anterior efectuada em Outubro e incorpora os impactos das medidas previstas no Orçamento do Estado para este ano, bem como os dados sobre a evolução das economias portuguesa e da Zona Euro durante o segundo semestre do ano passado.

O Necep alerta que "os riscos associados a esta previsão são claramente negativos", considerando que existe uma "probabilidade elevada" da necessidade de medidas adicionais de consolidação orçamental que permitam o cumprimento da meta de 4,6% para o défice público. Os economistas da Católica assinalam, ainda, recear "uma desaceleração importante" do ritmo de crescimento da economia mundial, por causa do agravamento de tensões inflacionistas e cambiais, bem como da subida dos preços das matérias-primas.

Para 2012, sublinhando que a "incerteza é ainda demasiado grande", o Necep antecipa uma taxa de crescimento da economia portuguesa de 0,3%. A projecção pressupõe a recuperação da economia global, "uma vez que a procura doméstica deverá permanecer condicionada pelas restrições orçamentais e financeiras que Portugal enfrenta".

14 comentários:

Filipe Esteves disse...

Uma má noticia para Portugal pois indica que as previsões para o nosso pais continuam a ser negativas. Ou seja,se é esperada uma contracção do défice de 0,8%,mais difícil será atingir o défice previsto para 2011,que é de 4,6%.

carolina barros disse...

Através desta notícia podemos ver que os estudos feitos pela (Necep) s-ao negativos para Portugal pois as previsões feitas são de uma contracção de o.8% em 2011. Para que exista um cumprimento da meta de 4.6% para o défice público o governo português deverá tomar medidas de consolidação orçamental.
Para além de Portugal também à previsões negativas para o ritmo de crescimento da economia mundial por cauda das tensões inflacionistas e cambiais bem como a subida dos preços das matérias-primas.

Mark disse...

Mais uma má noticía, prevê-se que Portugal contraia 0,8% em 2011, isto já incorporando os impactos das medidas previstas no Orçamento de Estado e por isso é que a probabilidade de serem necessárias mais medidas de consolidação orçamental ser elevada. As medidas precisam de ser consolidadas para evitar que Portugal contraia e resolva o problema da crise. Para 2012 ainda há muito incerteza mas prevê-se um crescimento de 0,3%, o que eu não acredito muito. Apesar de não acreditar espero que as medidas implementadas consigam resolver a crisa portuguesa mas eu continuo a apoiar a entrada do FMI pois acho que só assim é que se consiguirá resolver esta crise.

Bernardo Santos disse...

Esta notícia vem dar razão aos especialistas que defendem que o FMI já devia ter entrado em Portugal. As previsões do NECEP não são animadoras, bem pelo contrário, não vêm criar confiança nos potenciais investidores e muito menos favorcerer (juros mais acessíveis) o crédito sempre que o nosso país recorrer à Banca Internacional. Penso que a recessão apontada (0,8%) está direcetamente ligada ao facto do Orçamento aprovado para 2011 coincidir com um aumento brutal sobre os impostos (bens essenciais e principalmente os vencimentos), factor esse que contribui para que a nossa economia não cresca o esperado e não alcance a meta dos 4,6% a que o Governo se propôs.

Afonso Bento disse...

Esta notícia não tem muito para dizer. Acho que era expectável esta descida. A Católica teme com razão esta descida afirmando que é um avanço importante na Europa e que Portugal não vai estar à altura e ficará certamente para trás. Para 2012 pressupõe-se uma subida, no entanto acho que pelo "andar da carruagem" não subirá...
Afonso Ramos Bento N4

Pedro Tomé disse...

Como é óbvio, com um capital financeiro incorrectamente gerido, como o que predomina no nosso estado, as possibilidades de uma economia crescente e com sucesso, apenas com estas medidas como o aumento do IVA são muito remotas. Este problema não se resolve com cortes nas despesas, mesmo que fossem os cortes mais racionais e justificativos, que não é o caso. Estas medidas de austeridade não são a chave de uma economia crescente, são apenas factores que podem contribuir ou agravar a mesma. A solução passa por outro tipo de medidas; medidas de incentivo à localização de empresas, medidas que apoiem o espírito criativo e novas tecnologias. É óbvio que não podemos consumir mais do que produzimos, ou pelo menos não deveríamos, mas de que nos serve diminuir o consumo se a produção acompanha a mesma tendência negativa?
Medidas de austeridade devem ser muito bem estudas e planeadas, porque podem originar ciclos viciosos e “malignos”, pois se com estes cortes que vão contra o estímulo do consumo racional a produção nacional diminuir a um nível considerável só estamos a levar ao encerramento de empresas e por sua vez ao agravamento da situação económica actual.

Pedro Tomé Nº18 10ºD

Tiago Oliveira disse...

As previsões não são 100% certas, no entanto, lá perto devem estar, e esta remete para o significado de haver uma nova quebra nas contas portuguesas, desta vez, de 0.8 por cento. Portugal precisa da confiança Europeia e Mundial, logo, estas notícias de previsões não animam nem os portugueses, nem o mercado, ou seja, estas notícias negativistas, que no fundo, não há nada a fazer dado elas retratarem a verdade absoluta, ou quase certa, comprometem o percurso do país nas bocas do mercado. Em Portugal, o governo, já está a tomar medidas, que apenas daqui a uns tempos terão significado e/ou resultado, dado poderem ser chamadas, estas politicas e "contenção e poupança", de longo prazo. Penso que o melhor que há agora a fazer é esperar pelos resultados e pelas verdadeiras provas e os factos que estão para vir.

Tiago Oliveira N24 10D

Anónimo disse...

Este tipo de notícias era o esperado para 2011. Ou seja, como sabemos, através da notícia, Portugal irá sofrer uma recessão de 0,8%.Olhando para este valor que parece tão residual, nem nos apercebemos as diversas consequências negativas que irá causar.
Esta recessão vai agravar muito a crise que já se está a fazer sentir. Os membros do governo, que temem, esta descida começaram já a tomar medidas, entre elas o corte nos salário dos funcionários públicos e o aumento do IVA. Eu acho que estas medidas não são as mais correctas, e acho que era importante que o FMI viesse a Portugal mostrar como é que se obtém uma economia estável. Visto que quem nos "lidera" não parece estar a perceber a situação. O FMI era muito mais radical, mas ia mostrar aos portugueses que devem gastar o dinheiro que tem, e não como é hábito dos portugueses, gastar a mais do que aquilo que têm. Ou seja, o uso de medidas mais racionais/ mais radicais era bastante positivo. O FMI vai actuar em Portugal, se aproveitar-mos não só nos anos que estiverem a actuar em Portugal, mas sempre, seguindo um modelo, até podíamos ter um crescimento. É claro que o FMI não chega a Portugal e reduz logo em tudo que se fique com o défice desejado, até porque esta divida foi criada durante vários anos. A economia portuguesa ( quem intervêm nela ) meteu-se com o fogo e queimou-se, pois podiam durante os anos em que a economia estava estável terem aproveitado para pensar no que seria útil para o país, para TODO O PAÍS, e não o que uns mais queriam porque estavam associados a outros.
A notícia diz-nos também que em 2012 Portugal ( está previsto ) cresça cerca de 0,3%, mas este é um valor que mesmo positivo ( que nos é útil ) não será suficiente para fazer face ao decréscimo de 2011.
Inês Moura, nº13

Ricardo disse...

A confirmação desta recessão de 0,8% na economia portuguesa, vai criar vários factores negativos como a existência da desconfiança dos países sobre emprestar ou não dinheiro a Portugal e uma maior dificuldade de se investir.
A recessão fica a dever-se, possivelmente, ao facto do IVA ter subido em certos produtos, e por consequência, a compra dos mesmos diminuir, pois a população vendo os seus rendimentos a diminuir e o IVA a aumentar, irá tentar estar mais atento ao seu tipo de consumo.
Dificilmente, a não ser que se criem novas e melhores medidas, Portugal chegará à meta proposta pelo Governo.

Ricardo Pereira nº19 10ºD

João Aragão disse...

De acordo com as previsões do núcleo de estudos de conjuntura da Universidade Católica (Necep), a economia portuguesa deverá registar, em 2011, uma contracção de 0,8%, acompanhando, assim, a tendência da economia mundial para a desaceleração do ritmo de crescimento, ficando este facto a dever-se ao agravamento das tensões inflacionistas e cambiais e à subida dos preços das matérias-primas, nomeadamente, do petróleo. Para evitar que tal aconteça e porque falamos apenas de previsões, há que rever o conjunto das medidas de consolidação orçamental e, se necessário, aplicar novas medidas de austeridade. No entanto, de nada servirão essas medidas se o Estado continuar a gastar mais do que recebe, como tem sido hábito nos últimos anos de governo socialista. É também por isso que defendo a intervenção do FMI em Portugal, ou seja, pelo rigor com que o FMI, certamente, interviria no acerto das contas públicas portuguesas. É na ausência desse rigor por parte Governo, que digo que a intervenção do FMI em Portugal é necessária! Porque nem todas as notícias são más para Portugal, segundo as previsões do núcleo de estudos de conjuntura da Universidade Católica (Necep), a economia portuguesa irá registar, em 2012, uma taxa de crescimento 0,3%, acompanhando, assim, a recuperação da economia global.

João Aragão nº15 10ºD

Afonso Pedroso disse...

Portugal quebra 0,8% em 2011, são as novas previsões da Universidade Católica (Necep). Novas previsões estão constantemente a ser publicadas e entre elas existem grandes divergências, pois enquanto que o Governo prevê (0,2) o Moodys (0,8), considerando assim uma evolução positiva para a economia portuguesa, por seu lado consideram uma evolução negativa o FMI (-1,2), a ONU (-0,9) e o S&P (-1) contrariando totalmente tanto o Governo português como o Moodys, vindo agora a Universidade Católica a concordar com esta esta previsão negativa , mas talvez mais realista para 2011.
A probabilidade de serem necessárias mais medidas de consolidação orçamental é "elevada", no entanto na minha opinião não são necessárias mais medidas de austeridade, nem mais cortes, mas sim uma gestão mais correcta, eficaz e eficiente das medidas tomadas já anteriormente pelo governo, focalizando-se no que é realmente gritante , que carece de medidas drásticas, sem medo de afectar determinados lobbys, deixar de uma vez por todas de sobrecarregar quem é mais vulnerável, mais fácil de atingir fazendo esses cortes a começar pelo próprio governo.

Afonso Pedroso Nº1 / 10ºD

Ricardo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Ricardo disse...

Portugal, desde o 25 de Abril de 1974, que recorreu por 2 vezes ao FMI, se estou correcto. O que aprendemos desde então? Antes de mais nada, de que Portugal não tem tido uma gestão financeira competente, que os sucessivos governos socialistas arruinaram a possibilidade de construção de um modelo capitalista Português, se virmos as economias que verificam maiores adversidades actualmente são a Grécia, Espanha, Portugal tem apenas algo em comum governos socialistas, a critica ao socialismo é fútil, mas verdade seja dita que os países mais capitalistas dominam as economias mundiais, até a própria China que virou costas ás doutrinas de Carl Marx, para aceder ao capitalismo e á globalização.
Mais do que politicas de austeridade, PEC´s, OE´s e cortes nos subsídios, apoios do estado. É necessário encontrar a pura do capitalismo, o que é o capitalismo? Para mim é a simples " é capacidade de utilizar o dinheiro para gerar mais dinheiro!"
Portugal necessita de exportar, tentar ser auto-suficiente (diminuição das importações) até o investimento das energias renováveis são benéficas para o combate ao défice comercial (diminuição do consumo de petróleo, que implica uma diminuição de importações ainda mais significativa), Portugal precisa de investimento, criar empresas com uma dimensão mais significativa, o nosso país precisa de ideias novas, um modelo capitalista novo, o existente já há muito que está desactualizado! Há que trazer de volta empresas de prestígio internacional, LISNAVE, CUF etc. São empresas e corporações que geram emprego, salários relançam o consumo, proporcionam condições para a criação de tantos outros negócios, que repetem este ciclo vicioso e o tornam mais forte! Gerar mais dinheiro, é o segredo para o sucesso financeiro, e não "sufocar e espremer" os recursos financeiros da população que poucos têm.

Ricardo Lopes nº25 10ºE

- Ritaa disse...

Esta notícia refere uma vez mais a necessidade de mais e mais medidas adicionais de consolidação orçamental que parecem não ter fim na boca dos políticos.
Além de uma sobrecarga fiscal já existente sobre as famílias e empresas que operam no país,continua a existir uma crise consolidada sem solução aparente.
Todo o esforço deve ser compensado e esta luta começa a parecer sem resultados junto dos que são mais atingidos pelas medidas de
contenção que já se fazem sentir,por exemplo, na área da saúde.
A obrigatoriedade de Portugal de cumprir um défice público de 4,6 % para 2011 e a quase certeza de uma entrada obrigatória de Portugal em recessão
levam-nos a uma situação de ruptura financeira e social.Mais uma vez apontam para causas de desaceleração da economia mundial...
Até quando medidas adicionais a recair sempre sobre os mesmos e até quando o adiar de ajuda externa já requerida por outros países da Comunidade?
A notícia refere ainda uma recuperação da economia portuguesa de 0,3 % para 2012. Será que esta previsão não é prematura ? Ou será que é para o povo
ver alguma luz ao fundo de um túnel sem fim...
Assim como a contracção de 0,8 % da economia portuguesa para 2011 já é uma revisão em baixa de uma previsão anterior, o mesmo se vai passar nas futuras
projecções até 2012.

Rita Alexandra Matos Nº21 10ºD