A taxa média ponderada da emissão fixou-se em 4,029%, abaixo dos 5,281% verificados na emissão anterior equivalente, realizada no início de Dezembro (ver tabela). Os analistas consultados pelo Diário Económico antecipavam uma queda da ‘yield', pelo que o resultado do leilão de hoje ficou dentro das expectativas.
"Acho que há a percepção de alguma diminuição de risco de Portugal a curto prazo. Daí, a descida de 120 pontos base na yield e a procura ter sido forte", notou Filipe Silva, do Banco Carregosa, em declarações à Reuters.
A procura atingiu os 2,3 mil milhões de euros, ou seja, mais do que triplicou a oferta numa emissão de 750 milhões de euros, o montante indicativo que tinha sido anunciado pelo IGCP. Na emissão de Dezembro, o rácio procura/oferta tinha ficado em 2,5 vezes.
"É bastante positivo. Apesar de ser claramente uma taxa alta a 12 meses, denota alguma acalmia dos mercados", disse Ricardo Marques, da IMF.
Portugal volta assim a passar mais um teste nos mercados de dívida, embora os resultados do leilão de hoje não escondam os custos acrescidos que o país está a pagar para se financiar. Basta lembrar que no início de 2010 Portugal pagou menos de 1% para emitir os mesmos Bilhetes do Tesouro a 12 meses.
"O Governo opta por ir ao mercado e deverá continuar a fazê-lo, esperando que os resultados da consolidação orçamental surtam efeito e baixem as taxas", antecipou João Sousa, economista do BPI.
Conhecidos os resultados do leilão, o principal índice accionista português, o PSI 20, inverteu para terreno positivo, somando agora ganhos ligeiros de 0,07%. No mercado cambial, o euro avançava 0,55% para 1,3461 dólares.
Outra afirmação do governo diz que a emissão da divida é um sinal encorajador.
"Isto é para nós um sinal encorajador, na medida em que traduz o reconhecimento daquilo que tem vindo a ser o esforço do governo na frente de consolidação orçamental", afirmou o secretário de Estado do Tesouro e Finanças, em declarações aos jornalistas no ministério das Finanças.
Portugal vendeu hoje 750 milhões de euros de uma nova linha de Bilhetes do Tesouro a uma taxa de juro média de 4,029%, tendo a procura sido 3,1 vezes a oferta.
De acordo com os dados do leilão disponibilizados na Bloomberg, o Instituto de Gestão da Tesouraria e do Crédito Público (IGCP) conseguiu colocar a totalidade prevista para esta nova linha de BT com maturidade em Janeiro de 2012, com uma taxa de juro média abaixo dos 5,281 pagos na emissão anterior com maturidade semelhante. A procura pela dívida portuguesa superou a oferta em 3,1 vezes, tendo sido feitas ofertas por 2.317 milhões de euros.
15 comentários:
O facto de a procura para comprar dívida pública ser 3 vezes maior que a oferta, só quer dizer uma coisa, que o que tem acontecido até agora, foi apoiado por especulação, pois como vemos nesta notícia os credores não consideram que o risco de insolvência é elevado, e por isso aproveitam o facto de os títulos de dívida pública a curto prazo (bilhetes de tesouro) estarem a um preço mais alto do que suposto para lucrarem mais.
Pedro Tomé Nº18 10ºD
Pelo facto de a procura ter triplicado, percebe-se que os países continuam a confiar em Portugal e a emprestar dinheiro.
A taxa de juro apesar de ser elevada, foi mais baixa quando comparada com a emissão anterior.
Ricardo Pereira nº19 10ºD
Portugal procura obter empréstimos através da emissão de títulos de divida publica. Para que a procura tenha sido 3 vezes superior à oferta é porque há esperança de se fazerem bons negócios à custa da divida publica portuguesa. Ou seja há muitos especuladores a tentar ganhar dinheiro com as nossas dificuldades, não considerando que o risco que correm seja muito elevado. No entanto os juros pedidos embora mais baixos que em Dezembro do ano passado são ainda excessivamente elevados.
Portugal continua a ir ao mercado para vender a dívida. Mas isto não é nenhuma solução, fazer empréstimos para pagar outros empréstimos. Claro que é preciso, mas precisamos de fazer muito mais para resolver a crise económica em que Portugal se encontra. Os países, por mais que me espante, continuam a confiar em Portugal, daí a procura ter aumentado mas claro que objectivo destes países é lucrarem mais como diz o Pedro.
Mark Vaz nº17 10ºD
Esta notícia revela uma certa confiança por parte dos mercados internacionais em relação à situação de Portugal. O facto de a procura ter side 3 vezes maior que a oferta pode indiciar dois pontos:
1º - Que tem havido ao longo dos últimos meses uma certa especulação em relação à situação de Portugal, que embora bastante grave tem contornos diferentes do que passou tanto na Grécia como na Irlanda;
2º - Pode revelar uma certa credibilidade pelas medidas de austeridade que foram tomadas pelo Governo e por consequência a aquisição da dívida pública portuguesa ser um bom negócio/investimento, o que poderá levar a uma certa acalmia dos mercados internacionais.
Bernardo Santos, Nº7 10ºD
Desde a ultima emissão da divida, Portugal continua a melhorar na confiança do mercado, tendo como provas de tal a grande procura na divida por parte dos mercados, o triplo da oferta, e a diminuição da taxa média ponderada, que diminuiu de 5,281 da ultima emissão para 4,029 desta.
Portugal continua assim a evoluir positivamente no que diz respeito à sua reputação nos mercados, mas há que manter “um pé atrás” pois basta um passo em falso e os ganhos das últimas semanas desaparecem, pois no meu ver, esta confiança contínua frágil aos olhos dos mercados internacionais.
Afonso Pedroso nº1 10ºD
Esta notícia mostra que os países continuam a confiar em Portugal, pois a procura foi 3 vezes superior que a oferta. Agora Portugal tem que retribuir esta confiança estabilizando a economia.
Claro que isto não é a solução para Portugal, pois esta a pedir empréstimos para pagar outros.
Apesar da oferta ter triplicado, Portugal tem que continuar a pensar que um dia pagará a dívida, e é importante reter a ideia que daqui para a frente, serão feitas as melhores escolhas, entre apoios específicos, construção de obras públicas, investimento na saúde bem como na educação, entre outros, ou seja, Portugal tem que retomar o caminho certo, depois de tirar este peso enorme chamada dívida pública, que tanto atrapalha o país bem como a vida dos portugueses. Portugal está a voltar a ser um país credível, dentro dos possíveis, no que conta pelo menos à crença dada pelos países estrangeiros. Como se vê na frase final " A procura pela dívida portuguesa superou a oferta em 3,1 vezes, tendo sido feitas ofertas por 2.317 milhões de euros ". A esperança dos portugueses está a aumentar, ainda para mais, sabendo que esta notícia foi publicada antes das eleições presidenciais, o facto de o presidente não mudar, significa que o país está a ganhar alguma estabilidade, o que interessa aos mercados internacionais.
Tiago Oliveira N24 10D
A dívida portuguesa, pelo que é dito na notícia, continua a ser vendida no mercado financeiro, com sucesso. Ficou bem notório pela procura ter mais que triplicado a oferta (3,1 vezes).
Os investidores que compram os 'bilhetes do tesouro português' fazem uma aposta financeira com o objectivo de obterem vantagens económicas no futuro. Trata-se de um negócio e não de uma especulação. Revela sim uma confiança na economia portuguesa e uma aposta na recuperação da recessão económica do país. Aliás, qualquer negócio tem de ser
benéfico para todas as partes envolvidas. Neste caso, Portugal é financiado como pretende e os investidores têm as suas mais valias no futuro. Apesar da taxa de juro de Janeiro ser mais baixa que a de Dezembro, este negócio
continua a apresentar-se como vantajoso para os investidores e a prova disso foi a grande procura.
Esta acção de venda bem sucedida não é devida às medidas de austeridade do governo pois se estas tivessem algum efeito prático já se teriam feito sentir há algum tempo.
Rita Alexandra Matos (nº21; 10ºD)
Esta notícia só comprova que ainda existe "alguém" que confia em Portugal, o que é bastante positivo, porque estamos em crise. Esta confiança foi demonstrada através da procura para comprar a dívida pública, que foi 3,1 ou 3,2 vezes superior á oferta. Portugal tendo tido esta confiança, agora só tem é que cumprir com os objectivos definidos, para não deixar que os mercados voltem a especular/divulgar mais notícias negativas sobre a nossa economia. Eu concordo com o mark, quando ele diz que " não se deve recorrer a empréstimos para pagar outros", é claro que isto não é a forma mais adequada de pagar a divida que temos, mas quando não há alternativa, esta é a melhor e também a última.
Inês Moura, nº13
Portugal pagar menos para emitir a divida, é bastante positivo, apesar de ser claramente um taxa alta a 12 meses, estes dados são bastantes encorajadores para o governo.
Isso ajuda Portugal a estabilizar pois tira um peso de cima do governo.
Estes dados mostram que ainda acreditam em Portugal.
Nas últimas semanas, o Governo tem apostado em ir ao mercado vender dívida pública e, para surpresa de alguns, tem sido bem sucedido. Para tal, tem contribuído a maior acalmia dos mercados internacionais, que têm demonstrado alguma confiança nas políticas do Governo no contexto da consolidação orçamental. Essa percepção da diminuição do risco de Portugal a curto prazo levou, também, a que a procura triplicasse a oferta. Este é um negócio que interessa às duas partes envolvidas. É bom para Portugal, tendo em conta que irá atenuar a actual situação que a economia portuguesa atravessa, e bom é para os investidores, uma vez que irão, num futuro próximo, lucrar com os juros aplicados aos chamados “bilhetes de tesouro”. Penso que a economia portuguesa se encontra no bom caminho, com vista à recuperação e saída da recessão económica. E, se assim continuar, talvez não seja necessária a intervenção do FMI.
João Aragão nº15 10ºD
Como podemos verificar, Portugal voltou ao mercado para vender 750 milhoes da divida nacional e vai continuar a ir pois está a conseguir vender bem, de certo que depois pagará mas nota-se que está a haver confiança no nosso País e este ano de 2011 está a trazer bons indices de reviravolta a esta situação económica. Essa confiança denota-se também com a procura a triplicar em relação a oferta o que é muito bom e de verificar também que a taxa de juro, foi mais baixa em relação á emissão anterior.
Saudações aos outros participantes,
João Grilo 10ºD
Penso que esta notícia está algo relacionada com a da semana passada.
Informa mais uma pequena vitória para Portugal que foi ajudada pela calmia dos mercados de leiloes internacionais. A taxa a curto prazo, apesar de ser ainda bastante alta registou um período mais calmo, em que o Governo afirma continuar a ir ao mercado esperando taxas mais reduzidas num futuro próximo. O secretário de Estado do Tesouro e das Finaças diz que isto é um passo em frente e que é encorajador para se continuar. Portugal tem conseguido ter alguma sorte com a calmia dos mercados..
Afonso Bento Nº4
Como diz o nosso colega Mark Portugal está em muito mais lençóis pois para pagar as dividas que já não são poucas vai pedir ainda mais dinheiro nomeadamente ao F.M.E e também ao auxilio da nossa nova melhor amiga com quem estamos a negociar a divida externa , melhor dizendo parte desta.
Carlos Tchioleca N8 10D
Enviar um comentário