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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Merkel confiante na capacidade da Grécia para se manter no euro


 A chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se confiante na capacidade de a Grécia e os outros países da zona euro superarem a crise da dívida soberana, numa entrevista hoje publicada num jornal checo.

       "A Grécia ainda tem um longo caminho pela frente, mas já percorreu uma boa parte dele", afirmou Merkel ao diário checo "Lidove Noviny", referindo-se também ao compromisso grego de continuar na zona euro: "Essa é também a minha vontade, já que uma saída teria consequências muito graves."
       O Parlamento grego aprovou "medidas rigorosas, como cortar o salário mínimo", afirmou a chefe do Governo alemão. "Estas são decisões políticas muito difíceis que eu registo com muito agrado. A seu tempo, estas decisões darão frutos."
       Na entrevista ao jornal checo, Merkel mencionou também as medidas de austeridade "corretas e necessárias" tomadas pelo Governo de Espanha. A chanceler alemã comentou igualmente a contestação a essas medidas, que na quinta-feira resultou numa greve geral.
       "Em Espanha ocorreram naturalmente as reações correspondentes numa sociedade quando é preciso impor reformas estruturais", disse Merkel. "Mas as reformas são muito necessárias."
       Merkel concedeu a entrevista ao "Lidove Noviny" em vésperas de uma visita à República Checa, que começa na terça-feira. O Governo de Praga foi um dos dois únicos membros da União que se recusaram a assinar o pacto orçamental da zona euro (o Reino Unido foi o outro).

 Notícia apresentada por: Afonso Limão

15 comentários:

Anónimo disse...

Nesta notícia podemos ver que a Angela Merkel acredita que a Grécia irá conseguir superar a crise da dívida e manter-se na zona euro. A chanceler alemã afirma que a Grécia já conseguiu percorrer um longo caminho, no qual teve de implementar medidas muito duras para os Gregos. E sendo assim, defende que a Grécia deveria continuar na zona euro, pois se isto não acontecesse teria consequências muito graves.
Na minha opinião, a Grécia se for para continuar na zona euro, não é só preciso dizer que estão a aplicar as medidas certas, mas é preciso apoiar os gregos financeiramente (tal como acontece com os portugueses) para que a economia deste país conseguia reavivar. E assim, terminar este ciclo de recessão e de crise.
Por outro lado, estas medidas implementadas pela Grécia, não são nada mais nada menos que as medidas implementadas em Portugal (corte no salário mínimo), não quer dizer que Portugal também cortou nos salários mínimos, mas também como a Grécia está a aplicar medidas austeras. Ou seja, em tempo de austeridade estes cortes “são necessários" para se conseguir a maior quantidade de receitas em menos tempo. O objectivo de se tentar angariar a maior quantidade de receitas em menos tempo, é pagar o mais depressa a sua dívida, e consequentemente sair da crise ( daí Angele Merkel fazer referência aos frutos que estas medidas irão dar ).
Relativamente a Espanha, a chanceler alemã também concorda com o tipo de medidas tomadas por este país e desvaloriza o facto de os espanhóis não concordarem com este tipo de medidas. Contudo, eu não acho que seja de desvalorizar, porque acho que uma greve geral é bastante abrangente para ser desvalorizada. Se os espanhóis organizaram uma greve geral é porque não estão de acordo, com o tipo de medidas que está a ser implementadas. E, neste sentido eu acho que Angela Merkel como estas medidas não lhe dizem respeito directamente a ela, desvaloriza as contestações organizadas em protesto pelas mesmas.
A chanceler alemã realça ainda o facto da República Checa e do Reino Unido não terem assinado o pacto orçamental da zona euro. Este é como sabemos um documento elaborado pela Alemanha e pela França, que introduz severas restrições sobre as políticas financeiras dos países membros com o objetivo de superar a crise de dívida na zona euro.
Eu não concordo com o facto de este pacto orçamental ter sido realizado pela França e pela Alemanha, pois como já se viu noutras situações a maioria das medidas tomadas na União Europeia é em prol destes países, e mais uma vez sendo estes a organizarem este pacto pode mostrar que as medidas foram de novo delineadas para estes países.
Inês Moura, nº12

Mark disse...

A chanceler alemã, Angela Merkel mostra-se confiante no que diz respeito aos países da zona euro superarem a crise da dívida defendendo as medidas (nomeadamente medidas de austeridade e reformas) impostas em determinados países como a Grécia e a Espanha.

De facto as medidas de austeridade são necessárias e se um país está em crise é porque há coisas que estão a funcionar mal e por isso é necessário dar uma nova forma, isto é, um novo funcionamento a essas tais coisas, daí que as reformas sejam necessárias. Mas para sair da crise são necessárias medidas que fomentem o crescimento económico e a meu ver, isso não tem acontecido. Pensei que, quando Mario Draghi tomou posse como presidente do Banco Central Europeu, seriam tomadas medidas que pudessem contribuir para o crescimento económico (nomeadamente a manipulação da taxa de juro, neste caso, baixando-o, para facilitar o investimento) mas parece que as coisas vão-se manter pois a preocupação com a inflação é maior.

Este discurso de Angela Merkel poderá ter interesses atrás dele. Vejamos, Alemanha, país da União Europeia, provavelmente com a melhor situação económica e está nessa situação pois é um país que produz produtos de elevada tecnologia e exporta para os restantes países da Europa (e também para fora da Europa). Este discurso poderá ser apenas uma forma de não perder ou ganhar alguma confiança nos mercados internacionais pois se a Grécia sair da Zona Euro, o mesmo provavelmente acontecerá a Portugal. Isto poderá ter consequência muito graves levando mesmo ao desmoronamento da Zona Euro. Isto teria consequências bastante negativas nos países da Zona Euro, incluindo a Alemanha.

Mark Alexandre Vaz nº16 11ºD

Bernardo Santos disse...

Sinceramente tenho algumas dúvidas sobre o optimismo da Chanceler Angela Merkel no que diz respeito à situação grega.
Não nos podemos esquecer que já foram implementados dois planos de recuperação económica e que nenhum deles resultou e que, posteriormente, foram perdoados 50% da dívida soberana grega.

As medidas de austeridade que o Parlamento grego aprovou já tinham sido também aprovadas anteriormente e mesmo assim a Grécia não conseguiu atingir os objectivos mínimos.

Não nos podemos esquecer, também, que sem investimento não existe crescimento, e se estas medidas de austeridade forem demasiado severas entraremos num ciclo vicioso, que é o que me parece que está a acontecer com a Grécia. Claro que em Portugal vivemos uma situação idêntica, embora não tão dramática, mas temos que nos comparar aos bons e não aos maus exemplos.

Relativamente à banca, se houver uma dificuldade por parte das empresas gregas de acederem ao crédito, vai acontecer que as mesmas vão ficar asfixiadas, de forma a que sem crédito não há investimento, sem investimento não há consumo, sem consumo não há produtividade e sem produtividade não há produção de riqueza e, posteriormente, não o tão desejado crescimento económico e diminuição do desemprego.

Basicamente, se a Grécia continuar a adoptar este tipo de medidas e, outras mais severas ainda, ao mesmo tempo que a Comunidade Europeia continua a perdoar dívidas atrás de dívidas, não vejo onde é que a Grécia possa estar a criar bases seguras para uma eventual inversão da actual situação em que se encontra.

Penso que, apesar de tudo, Espanha apresenta uma situação, que embora não seja favorável, não se iguala à gravidade da situação Grega e Portuguesa.

Para finalizar, penso que é um pouco tarde e até um pouco de hipocrisia por parte da Chanceler Angela Merkel, estar agora tão preocupada com a Grécia, porque até à data o único ponto de vista pelo qual se interessava era a salvaguarda dos interesses alemães, e bem vistas as coisas quem tem mais a perder com a saída da Grécia da Zona Euro, ou até mesmo de Portugal com um consequente contágio a Espanha, é a Alemanha.


Bernardo Santos, Nº7, 11ºD

Anónimo disse...

Analisando a notícia desta semana podemos constatar os seguintes factos já conhecidos:

• A Grécia encontra-se em grandes dificuldades financeiras que deverão ser superadas o mais rapidamente possível. A implementação de “medidas rigorosas” que passam pelo corte do salário mínimo irão promover uma melhoria a nível económico (segundo a chanceler alemã, Angela Merkel). No entanto, sabe-se que estas alterações no salário mínimo causam ainda mais pobreza e desemprego. Por conseguinte, é óbvio que o corte de poucas unidades monetárias num salário mínimo é mais desastroso do que mil unidades num salário de 5.000 euros. Esta situação deve-se ao facto de ter havido um aumento bastante significativo do salário mínimo, acompanhado por uma descida dos salários dos jovens (população activa), contribuindo assim para a Recessão Económica do país.

• Outra situação comentada por Angela Merkel foi a implementação de medidas de austeridade por parte do governo espanhol. Segundo a União Europeia são, de facto, medidas rígidas mas “necessárias” pois fazem parte de uma política de austeridade rigorosa e cujo objectivo é superar o défice considerado insustentável.
“As reformas estruturais” fazem parte desta implementação e são uma das causas da greve geral realizada no país. São responsáveis pelo aumento do PIB, a curto prazo. No entanto, podem se aplicadas a longo prazo, o qual terá um efeito diferente.

Rita Alexandra Matos Nº19 11ºD

Afonso Soares disse...

Ao avaliar esta noticia, é possível destacar que existe de facto uma opinião positiva, da chanceler alemã Angela Merkel, sobre a crise da divida grega e a sua manutenção na zona euro. O que na minha perspectiva , não coincide com a realidade, visto que
já foram implementados dois planos de recuperação económica, e ambos falharam, para além disto, já foram perdoados 50% da divida soberana grega. Em suma posso então concluir, que apesar da chanceler alemã apresentar uma confiança no que diz respeito a crise da divida grega, a situação em que a Grécia se encontra, não é tao tranquilizante como esta afirma ser.

Ricardo disse...

Pela notícia percebe-se que a chanceler alemã crê que a Grécia conseguirá manter-se no euro.
Na minha opinião, eu espero que países como Grécia, Portugal e Espanha realmente consigam superar a crise mas pondo em evidência o caso da Grécia percebe-se que estão e estiveram em vigor bastantes medidas de austeridade como o corte de salários e que mesmo assim a Grécia não conseguiu cumprir os objectivos. Já foi perdoado, inclusive, 50% da dívida a este país e criou-se uma dificuldade de financiamento, o que vai levar a uma inexistência de medidas fomentadoras da economia.
É possível que se a Grécia sair do euro, se crie uma espécie de “dominó” que vai levar ao fim da União Europeia.

Ricardo Pereira nº18 11ºD

Filipe Elvas disse...

Nesta notícia a Angela Merkel está confiante que a Grécia consegue sair da crise que está envolvida, juntamente com outros países como Portugal,Espanha e até a Itália.
Angela Merkel diz que as decisões do Governo da Grécia são duras mas precisas e que a seu tempo irão dar os seus frutos. A minha opinião sobre este assunto é clara. Eu concordo que estas medidas são precisas para ter receitas a curto prazo e é preciso pagar a dívida mas para conseguir "aquecer" a economia e mantê-la estável a médio prazo, eu acho que estas medidas de austeridade, como cortar o salário mínimo, não são as corretas.
Em relação a Espanha, eu acho que é normal haver o povo revoltar-se quando implementam medidas que pode prejudicar a sua qualidade de vida, mas o povo espanhol também tem de compreender que se não querem chegar ao nível da Grécia ou de Portugal, estas medidas são extremament importantes.

João Aragão disse...

Está claro que o discurso de Angela Merkel sobre a situação da Grécia não poderia ter sido outro se não este. O optimismo mascarado da Chanceler Alemã traz em si encerrados os interesses económicos da própria Alemanha. Se porventura a Grécia sair da Zona Euro, a Alemanha sofrerá consequências terríveis. Caindo a Grécia, cai também Portugal e, atrás destes dois países, talvez Espanha e Itália, o que levará ao completo desmoronamento da Zona Euro. Nisto, a economia germânica, tão apoiada nas exportações para os restantes países da União Europeia, sairá gravemente prejudicada. Este discurso de Angela Merkel foi então proferido sobretudo em prol dos seus próprios interesses e também como forma de não perder a confiança dos mercados internacionais.
É de relembrar que nenhum dos dois resgates financeiros à Grécia deu resultados significativos e que as pesadas medidas de austeridade aplicadas pelo Governo Grego têm asfixiado cada vez mais a economia grega. Continuo a defender que é importante perceber que se chega a um ponto em que é inútil continuar a aumentar os impostos. As empresas entram em falência, as pessoas vão para o desemprego, o consumo diminui porque o poder de compra diminui, as greves sucedem-se e a economia deixa de responder, morre afogada numa pesadíssima carga fiscal. Tantas e tão violentas medidas de austeridade estão a acentuar cada vez mais a recessão da economia grega. Assiste-se depois ao chamado “efeito dominó”, em que, com a recessão económica, a receita fiscal diminui, porque as pessoas vivem pior, consomem menos, criam menos riqueza e, por fim, na soma de todas as coisas, o défice do Estado aumenta. Já disse e volto a referir: o constante aumento de impostos não é a solução para sair da crise. São precisas medidas estruturais que criem emprego e riqueza e, assim, relancem a economia do país. Diria que, na Grécia, por não haver um esforço e um espírito de sacrifício nacionais no sentido da recuperação económica do país, com o aumento brutal dos impostos, a receita fiscal irá cair, uma vez que o mais provável é que os gregos comecem a fugir ao fisco, muito mais do que até aqui.
É triste ver que a União Europeia, um dos mais belos projectos elaborados pelo Homem em que países que se guerreavam há séculos se uniram em prol de um bem comum, é hoje composta por países que apenas olham aos seus próprios interesses. É ainda mais triste ver que países como Grécia e Portugal, com séculos de História, glórias e vitórias, estão hoje completamente sujeitos aos interesses económicos da Alemanha. Começamos a viver numa Europa germanófila, ou seja, dominada económica e politicamente pela Alemanha, algo que devemos combater e evitar afincadamente.

A propósito de União Europeia, presto aqui a minha humilde mas sincera homenagem a Miguel Portas, deputado europeu, desde sempre empenhado não só na defesa dos ideais europeus como também na dignificação de Portugal no âmbito do Parlamento Europeu.

João Aragão, nº14, 11ºD

Anónimo disse...

Esta notícia retrata a opinião positiva da chanceler alemã, Angela Merkel, sobre a divida grega e a sua manutenção na zona euro. No meu entender, não acho que esta situação possa ser vista com algum optimismo, visto que a Grécia, ainda não conseguiu recuperar após terem sido implamentadas e postos em prática dois planos de recuperação económica. No entanto, em tempo de austeridade, são necessários fazer cortes ( medida implamentada na Grécia) para que se consigua uma maior quantidade de receitas em menos tempo. Para concluir, acho que a Grécia ainda tem um longo percurso a percorrer repleto de dificuldades, até que consigua superar a crise.

Vasco Soares Nº22 11ºD

Filipe Esteves disse...

A notícia dá conta da crença que Ângela Merkel tem na capacidade da Grécia se manter no Euro.Para esta confiança a chanceler alemã diz que uma parte do caminho já foi percorrido por aquele país e que o corte do salário mínimo foi uma das medidas rigorosas já tomadas que podem permitir que o país permaneça no Euro.
Fala também a dirigente alemã na situação de Espanha, chamando a atenção que as medidas impopulares são necessárias para impor reformas estruturais.
Ângela Merkel diz ser este o caminho e alerta que a saída da Grécia teria consequências muito graves.De facto a própria Alemanha poderia ser atingida pelas consequências económicas duma saída brusca da Grécia. Os fluxos de rendimentos e de riqueza que têm partido dos países mais débeis para os países da Europa Central podiam começar a reduzir-se, comprometendo o próprio crescimento económico alemão.
Esta tomada de posição de Merkel não deixa também de ser hipócrita e falsa,já que até agora não houve qualquer preocupação e tomada de medidas por parte da Alemanha que permitissem a saída eficaz da crise.O alastramento desta a outros países, os problemas sociais com as revoltas que a situação está a provocar e as eleições na França e na Alemanha terão algum peso neste aparente novo discurso de Merkel?

Anónimo disse...

Esta notícia remete-nos mais uma vez para a crise que se encontra implantada em todo o Mundo com especial enfoque para a União Europeia e os países aderentes.
Angela Merkel, chanceler alemã, encontra-se bastante confiante de que a Grécia juntamente com outros países conseguiram prevalecer na U.E e ultrapassar a crise Mundial, rematando dizendo ainda que apesar das medidas serem duras são as necessárias para levantar estes países.
Merkel relembra também que se a Grécia se retirasse da U.E tornasse ia uma questão bastante complicada na medida em que não haverá dinheiro suficiente para pagar os salários aos funcionários públicos e a parta mais significativa do sector público já no mês de Janeiro o que levara a uma enorme instabilidade social, superior aquela que já se encontra implantada.
É certo de que a saída da Grécia do euro implicaria custos tanto a nível económico como social e político, não apenas para o país, mas também para a união europeia como para todo o Mundo.


Divida publica / divida esterna
(em % PIB)

Grécia: 170,726 / 214,017
Irlanda: 145,362 / 1228,803
Itália: 118,707 / 156,044
Portugal:101,101 / 254,741

Bárbara Esteves nº5 11ºD

Anónimo disse...

A partir desta notícia podemos ver que a chanceler Alemã acredita na recuperação da Grécia e ainda de outros países, onde podemos incluir Portugal. Embora a Grécia ainda precise de muito tempo para recuperar a verdade é que já fez um esforço enorme e tem aplicado medidas muito prejurativas para a sociedade mas que a longo prazo talvez darão frutos. A verdade é que actualmente encontram-se num estado lastimável e precisam ao máximo da ajuda da União Europeia. Para a Grécia é muito importante permanecer na zona euro pois continuará a receber subsídios. No entanto estas medidas que estão a ser aplicadas não promovem nem estimulam o crescimento económico e se tanto a Grécia como Portugal querem sair da crise não se pode continuar a diminuir o poder de compra das pessoas.
Outro dos países que está em risco é a Espanha mas Merkel mostra-se confiante na sua recuperação.

Henrique Olim Cardoso Nº11

Pedro Tomé disse...

Seja numa autarquia, num município, num governo ou até numa comunidade europeia, deparamo-nos constantemente com objetivos de governação aquém do objetivismo, do domínio prático das coisas, textos demasiado pomposos que fraquejam de síntese, que não possibilitam o entendimento e constituem um entrave à sua aplicação. Não foi assim que a União Europeia nasceu, porque na altura os problemas eram outros, não existia uma China como a que conhecemos nem se falava em globalização. Mas a verdade é que aterraram em espaço europeu, não para uma estadia temporária, mas para uma residência, e nós inconsciente e necessitados, abrimos as fronteiras.

Os tempos mudaram, desde que nos aliámos aos nossos mais próximos. Os princípios não foram seguidos porque não fomos capazes de fazer uma adaptação, não quisemos aproveitar a vantagem da União para fazer face aos interesses petrolíferos e à mão-de-obra chinesa. Como resultado, esperou-nos a subida do preço do petróleo sem alternativas desenvolvidas e a deslocalização das empresas. Agora, para tentar resolver a situação propomos limites de poluição a países que não querem abrandar o crescimento (económico), como forma de os obrigar a cair na realidade.

Não será necessário aguardar muitos anos para ver o poder de compra dos chineses a subir excentricamente, mas não se trata do Japão, já que nesse caso, a primeira geração extremamente produtiva deu origem a uma segunda consumista. Na China isso não acontecerá, eles são em quantidade incomparável, não se esgota mão-de-obra desta com rapidez, mais rápido se esgotam as reservas de petróleo. Mas existem outros problemas em território nacional para os quais ainda não sobressaiu nenhuma solução digna. O primeiro, está na intervenção política que os chineses pretendem adquirir para mais facilmente manipularem a sua invasão. Já se comenta em jeito de piada, que daqui poucos anos teremos um primeiro-ministro com baixa estatura e olhos em bico. Antes fosse. O problema será outro, eles são mais perspicazes do que pensamos. Pretendem corromper o sistema de governação com subornos a políticos portugueses, como se fossem jogadores de uma qualquer outra equipa de futebol que compraram. Será pior porque, sem nos apercebermos, estarão a decidir a quem será vendida a TAP, a REN, Instituições bancárias e tudo o resto que sobrar da nossa economia. E isto acontece com outros países da UE, não somente por causa da Ásia, mas pelos povos árabes também.

Continua.....

Pedro Tomé disse...

Continuação...

Os objetivos que hoje nos acompanham são, como já dizia antes, um mar de subjetividade que só serve para os menos preocupados, mesmo que isso represente a maior parte dos cidadãos. Não há nada de palpável, nada que se veja de exato que não sejam guerras de palavras entre primeiros-ministros, não se vêm políticas que respondam às necessidades produtivas. Dá-se maior ênfase às questões puramente financeiras do que à real economia com que nascemos, seja a agricultura, pescas ou industria. Um país com tantos serviços e tamanho volume de importações não poderia continuar a respirar como se nada fosse, não falo de Portugal, falo agora de qualquer membro da comunidade. A este fator junta-se ainda dívida causada pela insuficiência energética que leva o orçamento para fora dos critérios de convergência e desfaz assim uma União tão pouco unida.

É obvio que Merkel jamais acredita no sucesso grego, mas não cairia na tentação de retratar imparcialmente a realidade, muito menos em tempo de campanha do seu ajudante francês. Até porque parece que esta não vai no melhor sentido, mas ainda bem. Talvez precisemos, agora mais do que nunca, de partidos mais à esquerda, que procurem no esquecimento de outros, os princípios base com que se regeram os criadores de uma europa comum. Políticas mais à esquerda representam o que é a fundação da União Europeia, um conjunto de países solidários, que se protegem das ameaças exteriores. Talvez a decisão de venda de uma empresa nacional a investidores de países “inimigos”, como foi o caso da EDP, devesse passar pelos órgãos europeus, porque isto vai contra o que a europa deveria defender. Caso nada se faça para este propósito teremos uma União sem objetivos (concretos), sem tirar partido das vantagens da junção para fazer frente às grandes potências mundiais e com as desvantagens já habituais, como a perda de poder dos estados que passam a intervir menos na economia (perdendo essencialmente o controlo sobre valor da moeda e da taxa de juro), juntasse a este problema a escassez de fundos comunitários dirigidos para Portugal como resultado do alargamento da União em 2004.

Até porque com tanto controlo sobre os países, torna-se mais difícil a possibilidade de estes fazerem uma reestruturação total da sua economia. Como é possível um país resolver a sua crise, segundo métodos expansionistas que incluem a diminuição de impostos e injetar dinheiro na economia, se o estado não pode ultrapassar 3% do défice? Essa é uma razão pela qual a Europa não tem conseguido evoluir nos últimos tempos, não dá liberdade suficiente aos seus países nem intervém nos mesmos, mais parecem políticas que visam a estagnação. Poderiam perfeitamente abrir exceções, em casos críticos para que um país não seja obrigado a ver a sua economia morrer por uma exaustiva austeridade.

Pedro Tomé

Tiago Oliveira disse...

A notícia apresentada remete para o fato de Angela Merkel apoiar a Grécia, dizendo que, esta conseguirá superar todos os seus atuais problemas financeiros. Apesar das consequências da austeridade imposta a estes países, a Chanceler Alemã vê que estes podem ter um futuro menos negro, ou seja, consigam voltar ao seu rumo e estado económico "normal".
O mercado de exportação e importação dos países é facilitado para aqueles que são membros da União Europeia. Desta forma, o desmoronamento da zona euro faria com que estes países perdessem facilidade e as vantagens oferecidas pelo facto de pertencerem à União Europeia. Com a saída da Grécia, poderia-se pensar num início dum ciclo de saída de países desta mesma união. Ora, se países saem, a união europeia deixará cada vez mais de ter sentido da sua existência, o que seria grave para os países que atualmente a compõem, nomeadamente, ao nível das interdependências de economias, entre-ajudas internacionais, facilidade em passagem de bens e mercadorias, entre outros aspectos. A meu ver, a intenção de Angela Merkel ao referir que tem confiança na total recuperação negra, incide no facto de, caso esta não recupere, a mesma tenha de sair da União Europeia, o que se remete ao fenómeno neste comentário anteriormente referido (facto de existirem consequências graves para todos os países da União Europeia).
Angela Merkel, como a voz mais ouvida de toda a União Europeia, defende aqui este grupo de países, que não querem de todo perder as vantagens que atualmente detêm, pelo facto de pertencerem a uma União. A Alemanha é um país bastante exportador, exportando bastante para a Europa, o que faz com que, esta, também queria lutar pela continuação da União Europeia com todos os seus atuais estados membros, para assim não registarem um decréscimo na sua balança de mercadorias, por exemplo.

Tiago Oliveira N21 11D