A economia é o motor da sociedade

segunda-feira, 19 de março de 2012


 
Jerónimo de Sousa falava durante um almoço com militantes, num pavilhão de um clube desportivo na ajuda, em Lisboa, apresentando um conjunto de "políticas e soluções alternativas" às do atual Governo PSD/CDS.

  O secretário-geral do PCP defendeu "uma política alternativa no domínio fiscal, que tribute efetivamente quem mais pode e quem mais ganha, nomeadamente a banca, os grupos económicos, as mais valias alcançadas em bolsa, os dividendos dos grandes acionistas", acrescentando: "Já agora, enfim, não se põe aqui Cavaco Silva, com
os seus rendimentos, mas nós pensamos que também podia pagar". Ouviram-se, neste momento, alguns risos, e também alguns apupos.
  Jerónimo de Sousa completou que essa "política alternativa no domínio fiscal" permitiria "obter recursos para aliviar as tarefas de desenvolvimento do país, ao mesmo tempo aliviar a excessiva carga fiscal sobre o trabalho e as pequenas atividades de produção, comércio e serviços".
  O secretário-geral do PCP defendeu também uma política económica que, em vez da "diminuição dos custos de trabalho", se baseie na "diminuição dos custos exorbitantes dos fatores de produção" como a energia, as comunicações, os transportes e o crédito, e no "reforço do investimento em ciência e tecnologia, na educação e na formação"

            Segundo Jerónimo de Sousa, "o que se impunha" era "uma política de valorização dos sectores produtivos nacionais", que dinamizasse "os sectores exportadores" e incluísse "um programa de reindustrialização do país".
           No seu discurso, o secretário-geral acusou o Governo, e também o PS, com a sua "posição de conformismo e de cumplicidade", de querer convencer os portugueses que "não há alternativa" e de os assustar com o perigo do incumprimento do programa de assistência financeira a que Portugal está submetido.
          "Eles vão-nos dizendo que é preciso ficar pior agora para ficar melhor mais à frente, lá para 2013. É falso, camaradas. Estamos a ficar pior agora para ficar pior mais à frente, com consequências imprevisíveis já para a própria soberania nacional em  que o diretório de potências já se julga, particularmente a Alemanha, que é chegado o momento de colonizar alguns países, designadamente a Grécia, e com certeza também Portugal", alegou Jerónimo de Sousa, apelando à "mobilização para a luta".
          Económico com Lusa
29/01/12 16:39

 Notícia apresentada por: Vasco Soares 11ºD

10 comentários:

Anónimo disse...

Esta notícia mostra o ponto de vista de Jerónimo de Sousa, nomeadamente no que diz respeito a uma das formas como podemos “sair” da actual crise. Sendo assim, este membro do PCP mostra-se contra algumas medidas do actual governo , apresentando as suas soluções para conseguir ultrapassar a crise.
Em primeiro, Jerónimo de Sousa diz quem mais ganha, mais deva pagar. Ou seja, este membro do PCP defende que se deva aplicar um imposto sobre “ quem mais pode” por exemplo : a banca , para pagar mais impostos do que aqueles que menos podem. Por outro lado, Jerónimo Martins defende também que os acionistas das grandes paguem um imposto mais elevado do que aquele que actualmente pagam sobre os seus dividendos.
Neste sentido também, Jerónimo Martins defende também que aqueles que menos “ganham” ( as pequenas empresas por exemplo têm menos lucros do que as grandes empresas, e assim ganham menos do que estas ) paguem menos impostos. Na minha opinião esta medida é útil porque assim aqueles que mais ganham mais contribuem para o bem-estar do país e por outro lado, é importante para não asfixiar as pequenas empresas ( com a excessiva utilização de impostos ).
Outra medida, este membro do PCP defende também uma diminuição dos custos dos factores de produção em detrimento de uma diminuição dos custos de trabalho. São exemplos de custos de trabalho os salários (rubrica mais importante, se os custos de trabalho forem directos ) e as contribuições para a segurança social ( se os custos de trabalho forem indirectos ).
Ou seja, na minha perspectiva o que Jerónimo de Sousa pretendia é que não se diminuíssem os salários, nem as contribuições para a segurança social. Mas eu acho que esta medida, tendo em conta a situação em que nos encontramos ( aliado ao facto de só podemos voltar aos mercados supostamente em 2015, apesar de ninguém saber ao certo quando ) é um pouco irrealista e inconcebível, pois todos os “esforços” que agora se fizerem são essenciais para que no futuro consiga tudo voltar à normalidade. Sendo assim, eu acho que os cortes nos salários são essenciais agora, contudo acho que podiam ser menos severos, para que futuramente a nossa situação melhore.
Contudo, percebo o posicionamento de Jerónimo de Sousa ao querer não cortar nos custos de trabalho, pois estes são uma medida de competitividade utilizados geralmente para realizar comparações internacionais.
Outra medida deste membro do PCP, é uma aposta noutros sectores, sectores esses que até nos encontramos nesta situação económica, muitas vezes os desvalorizava-mos. Neste sentido, é essencial neste momento uma aposta nos recursos endógenos e uma preocupação em produzir produtos de elevada qualidade para que estes possam ser cada vez mais exportados.
Para concluir, Jerónimo de Sousa mostra que não é ficando á espera que as coisas aconteçam que os Portugueses devem estar, ou seja, demonstrando uma atitude passiva perante o que se passa no seu país, mas antes agir , tentar encontrar soluções para conseguirem dar a volta por cima.
Inês Moura, nº12 11ºD

Filipe Esteves disse...

A política fiscal mostra de facto as opções políticas do governo,ou seja, mostra ao serviço de quem está.Todos os dias vemos aumentos e novos impostos.
O dirigente comunista sugere uma política fiscal alternativa à actual:
Em vez de incidir mais no trabalho e nas pequenas actividades de produção,comércio e serviços, deveria passar a tributar os que mais podem e mais ganham.O que tem aparecido nas notícias é que as mais valias da bolsa não são sacrificadas e que os lucros dos grandes grupos económicos e da banca aumentam sem que sejam mais tributados. Há até quem fuja para a Holanda para pagar menos impostos. Ora se quem menos pode, paga impostos,porque motivo quem tem mais lhes consegue fugir?
É também proposto que a política económica se deve basear mais na diminuição dos fatores de produção como os que resultam dos custos com a energia,transportes, comunicações e o crédito, do que na diminuição dos custos do trabalho. Esta proposta faz sentido na medida em que com salários mais baixos (e mais desempregados), há menos poder de compra e por isso a actividade económica não é dinamizada, que é o que tem vindo a acontecer.
Jerónimo de Sousa defende uma política que valorize a nossa actividade produtiva, a dinamização dos sectores exportadores e a reindustrialização do país, permitindo a criação de mais emprego e riqueza.
De facto,Segundo um artigo no jornal Público, desde que a Troika entrou, todos os indicadores económicos estão piores, excepto as exportações que, mesmo assim, estão a diminuir o crescimento.
Para terminar, o dirigente comunista diz que as pessoas devem lutar contra este estado de coisas e que é a própria soberania nacional que está em jogo, uma vez que se as tentativas de pôr a economia portuguesa (e não só) ao gosto dos países do norte da Europa (nomeadamente da Alemanha) falharem é a própria soberania política, e não apenas a económica, que pode ficar em causa. Veja-se o que se passa na Grécia.

Anónimo disse...

Esta nova política com certeza irá criar grandes discussões e dar laços a muitas reuniões. A nova política fiscal que visa tributar quem mais recebe é uma maneira de obter mais recursos aliviando a excessiva carga fiscal sobre as pequenas actividades, ou empresas. Eu acho esta política correcta e vem de encontro aos impostos progressivos que têm como fim uma maior igualdade.
Outra das políticas presente nesta notícia é outra forma de ajudar as empresas que se baseia na diminuição dos custos exorbitantes dos factores de produção, em vez da diminuição dos custos de trabalho. Ou seja diminuir em aspectos como a energia, as comunicações e os transportes.
O que é preciso actualmente são políticas que permitam o desenvolvimento da economia que iram desencadear o aumento dos sectores exportadores, e assim ajudar a balançar a despesa nacional portuguesa.
É altura de tomar decisões e parar esta crise, mas sem crescimento é impossível de pagar as dívidas.

Henrique Olim Cardoso

Mark disse...

Nesta notícia são apresentadas duas medidas alternativas às medidadas tomadas pelo governo e ainda se faz uma crítica ao mesmo.

A primeira medida referida trata-se de uma política fiscal, com objectivo de aumentar as receitas, que consiste numa tributação progressiva. Sendo assim quem ganha mais, paga mais, o que parece ser uma boa medida e também é socialmente justa pois para quem ganha mais, as regressões são menores, daí que faça sentido pagarem mais. Obrigar a pagar mais, a quem tem menor capacidade financeira não faz muito sentido pois as dificuldades já são muitas e esta medida é uma maneira de proteger as pequenas empresas.

A outra medida referida, trata-se da diminuição dos custos de produção, de forma a permitir que as empresas ganhem escala e tornem-se mais competitivas. Mas na notícia não se trata de uma diminuição dos custos do factor trabalho mas sim noutros “como a energia, as comunicações, os transportes e o crédito”. Acho que faz sentido que a diminuição dos custos de produção não se faça a partir do factor trabalho, como a diminuição dos salários pois isso só vai prejudicar a economia, dado que o consumo diminui.

Ainda critica-se o governo por dizer “que é preciso ficar pior agora para ficar melhor mais à frente” sendo essa apenas um forma de conformar os portugueses. Mas eu não concordo, pois é preciso ficar pior para depois melhorar, embora ache que o governo não esteja a tomar medidas para que possamos ficar melhor, é preciso implementar medidas que promovam o crescimento e aí sim é possível ficar melhor depois de termos ficado pior, mas isso não acontece apenas com aumento de impostos, congelamentos de salários, etc.

Volto a repetir, é necessário tomar medidas que promovam e estimulem o crescimento económico, isto para não perdermos a nossa soberania como diz na noticía.

Mark Alexandre Vaz nº16 11ºD

Afonso Bento disse...

Jerómino de Sousa, anunciou em mais um almoço de militantes do PCP, um conjunto de medidas alternativas à crise, em contraponto às actuais adoptadas pelo governo PSD/CDS.

Jerónimo de Sousa, apoia a importância significativa da taxação de impostos progressivos, ou seja, os que são remunerados em maior quantia, mais devem descontar.
Comenta ainda, em jeito de piada, as afirmações de Cavaco Silva sobre a sua reforma e os seus rendimentos e, caricatura a situação.
O secretário geral do PCP defende que em vez da diminuição dos custos de trabalho, se realize uma diminuição dos custos extremamente elevados dos factores de produção.
Promulga ainda um reforço dos investimentos profissionais e tecnológicos.
Jerónimo de Sousa, finaliza, apoiando e incentivando a exportação e a aposta em produtos endógenos.
Critica a posição de conformismo e apatia do governo português face à pressão por parte de países como a Alemanha.
Alerta para a gravidade da situação portuguesa e nega as tão prometidas hipoteses de melhorias em 2013 apresentadas pelo governo:
" É falso, camaradas."


Afonso Ramos Bento Nº4

Pedro Tomé disse...

Em poucas matérias estou de acordo com o secretário-geral do PCP, especialmente quando fala em responsabilidades e deveres das grandes empresas perante a crise. Neste ponto, o Sr. Jerónimo de Sousa defende que deveria ser criada "uma política alternativa no domínio fiscal, que tribute efetivamente quem mais pode e quem mais ganha”. Na verdade, em grande parte dos casos, esta medida já vigora há bastante tempo, embora se tenha tornado mais acentuada neste cenário de crise. O que o secretário-geral pretende é levar a política fiscal para níveis que obriguem os grupos económicos em causa a repensar a posição da sua sede no país. Não pretendemos que as grandes empresas sigam a mesma tendência que a Jerónimo Martins tem demonstrado, assim como outras dezanove que compõem o PSI 20, ao abandonarem a contabilidade portuguesa por causa de impostos insuportáveis como é o exemplo do que incide sobre os lucros, até mesmo para empresas com algum conforto financeiro. Penso que será mais benéfico manter em Portugal empresas muito significativas no contexto do PIB com impostos aceitáveis e tentadores, do que tentá-las a sair com tributações impensáveis, já não fazendo referência ao crescimento assustador que a economia paralela tem sofrido fruto destas receitas coativas que o Estado pretende fazer crescer, não se apercebendo de que a médio e longo prazo terá grandes dificuldades em manter, por falta de atividades económicas de nacionalidade portuguesa.

Embora necessitemos que as empresas de menor volume cresçam e mesmo sabendo que grande parte das empresas que laboram em Portugal são de pequena e média dimensão, temos que nos dedicar mais às de maior grandeza, porque serão estas que marcarão quase na totalidade o caminho que tem em vista o desmembramento da crise. São estas as que movimentam mais capital, as que têm mais poder na economia e na sociedade, sendo isso visível em greves como da companhia aérea nacional (TAP) ou CP. São também os grandes grupos económicos que empregam a generalidade da população, os que têm a capacidade de alavancar algumas atividades que de momento o Estado não consegue, como a investigação, são os pioneiros das tecnologias de ponta, os que empregam os melhores quadros de profissionais no país evitando assim que tenham de emigrar, e muitas outras vantagens ficariam aqui por mencionar.

Já no que diz respeito à posição que Jerónimo de Sousa toma ao sugerir uma diminuição de preços desnecessários e exorbitantes, que fazem estagnar a atividade produtiva, como são os energéticos, parece-me que está a ser bastante assertivo e racional, embora isto caia bem no grupo em que está inserido, podendo levar assim a outro tipo de questões, mas como penso que é a melhor solução terei de admitir que a sua atitude é válida. Isto porque permitirá aliviar os custos de produção sem ter que alterar prejudicialmente o fator trabalho. Esta é a correta forma de austeridade, pois penso que como política governamental, criar situações de desemprego não será a melhor hipótese num cenário de crise. Se em vez disso, conseguirmos pôr fim aos gastos descontrolados de inúmeras empresas (essencialmente públicas), seria uma situação ideal, no sentido em que se obteriam os mesmos resultados com menos danos causados.

Pedro Tomé Nº17 11ºD

Anónimo disse...

Nesta notícia, o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defende uma política típica de governos de esquerda, não muito apoiada pelos de direita Esta consiste na maior tributação por parte daqueles se encontram atualmente em melhores condições financeiras no país.

Pessoalmente, apoio esta teoria, apesar de achar moralmente incorreto que aqueles que mais têm, obrigatoriamente sejam também os que mais tenham de dar, pois decerto que estes cidadãos lutaram pelo seu sucesso atual, não devendo estes de ter agora , suportar consigo todos aqueles que menos se esforçaram para obterem uma igual condição financeira. Por outro lado, a verdade é que todo o país necessita de uma saída e, infelizmente, são decerto os que mais possuem que têm de ser também os que mais têm de contribuir, dado ser esta a unica forma de Portugal se tentar começar a movimentar um pouco mais, no que conta a investimentos, pagamentos de dívidas, entre outras importantes decisões que tardiamente são tomadas.

O secretário-geral do PCP defendeu também uma política económica que consiste na redução dos custos exorbitantes dos factores de produção. É possível afirmar que Portugal está a regredir principalmente à exagerada tributação atualmente a ser imposta, tanto aos comerciantes, como a todo o resto da população portuguesa. A energia, as comunicações, os transportes, o crédito, bem como os combustíveis, são bens praticamente todos essenciais ao desenvolvimento de um negócio. Desta forma, o facto do preço pelos mesmos ser demasiado alto, faz com que o negócio não detenha uma tão grande capacidade de sucesso e crescimento, como à partida teria caso estes valores fossem mais reduzidos. Com isto, digo que, o governo não pode apenas ter o objectivo de "regular a dívida pública" pois isso fará com que não exista um crescimento económico sustentável e constante. Se o estado se preocupa acerca da criação e desenvolvimento de novas empresas, este tem a função de isso mesmo lhes possibilitar, por exemplo, reduzindo estes mesmos bens essenciais e estritamente necessários para o surgimento de um negócio.

(continua)

Anónimo disse...

Utilizando um termo de comparação, sinto útil relacionar esta ideologia de Jerónimo de Sousa com a do atual presidente dos Estados Unidos da América, Barack Obama.

Recordo-me que, durante a campanha eleitoral, em 2008, Barack Obama trouxe consigo inúmeras ideias de mudança. Afirmou então que os apoios do estado, bem como as tributações que este efetuava, teriam de ser feitas de forma diferente. Nesta notícia, vê-se que Jerónimo de Sousa discorda, ao ver que a grande parte do resgate que se anunciou a Portugal, ser direcionado para as instituições financeiras. Obama, diz que o dinheiro tem de ser canalizado para aqueles que o merecem e, não para aqueles que, apenas têm "nome e estatuto" e nada farão com estes fundos para melhorar a condição económica do país.

Portugal, no que conta a apoios e a tributações, regista inúmeros erros, não tomando o governo deste, muitas das vezes, as decisões mais corretas para o desenvolvimento da economia do pais.

Aquando da deslocação a Adega Cooperativa de Borba, na realização de um Estudo de Caso de Geografia A, a diretora financeira referiu que, a sua empresa, pelo mérito que detinha na produção e venda de produtos, ganhou uma candidatura a fundos nacionais. A adega, transmitiu nesta mesma candidatura que iria construir um novo espaço para a transformação do seu produto e, foi isto que fez com que obtessem esta útil vitória. Contudo, irrisoriamente, os fundos apenas seriam disponibilizados após o investimento, ou seja, após a construção do novo edifício. Aqui, verifica-se que o estado português não apoia quase por completo, os novos negócios, pois imaginemos que a empresa tinha vencido a candidatura para a construção da sua primeira adega, esta parava logo o seu negócio logo ali, pois não iria ter dinheiro para investir. O mesmo se passa com a cedência de crédito, ou seja, para quê disponibilizar a maior parte do resgate para as instituições financeiras, se estas sentem bastantes dificuldades no que conta à cedência de crédito, seja a comerciantes, seja à restante população?

Nesta notícia, Jerónimo de Sousa fala também no facto de Portugal necessitar de ser uma país mais industrializado. Eu concordo, pois neste momento, temos uma grande dívida externa a pagar. Como o faremos se não produzimos? Como o faremos sendo um país em que são quase inexistênciais os apoios á exportação? Como o faremos se não existe apoio à produção agrícola, que faria com que fossem necessárias menos importações a nível alimentar? Como o faremos se somos um país de doutores, a quem interessa nada mais que o diploma?
Portugal tem obrigatoriamente de cancelar quaisquer ideologias da PAC, em que o objectivo principal é não produzir. Portugal tem de produzir, tem de criar, tem de vender, tem de exportar, tem de fazer crescer riqueza no seu território e não liberar tanto o investimento por parte de estrangeiros em locais com potencial sucesso.

(continua)

Anónimo disse...

Nesta notícia, deparamo-nos também com o facto de, mais uma vez, a mentira estar presente no discurso político. Passos Coelho, diz que os subsídios que o mesmo tirou, que os impostos que o mesmo está a obrigar os portugueses a pagar, irão estár de volta em 2013, e que os portugueses nessa altura estarão em melhores condições, e que, estamos mal agora para estarmos melhor mais a frente, entre outros aspectos.

A mentira política traduz insegurança do povo no seu próprio governo, traduz insatisfação social bem como diminuição do entusiasmo do povo, face ao seu governo e as suas ideologias. Passos Coelho, tenta desta forma atenuar a situação atual em que Portugal se encontra, tentando não referir a má notícia toda de uma só vês. Contudo, o povo sabe do que se trata, pois existem televisões, jornais, bem como, opinião pessoal fundamentada face ao que o país atravessa.

A Buda, uma loja presente no centro comercial das Amoreiras em Lisboa, e não só, está a registar, tal como todas as outras lojas, um decréscimo no volume de vendas, como é obvio. Se o nosso governo insiste nesta política nada expansionista, de apenas cortes, faz com que isto seja um ciclo que apenas vai acabar quando Portugal admitir a falência por completo. Como é que se entende, que esta loja, conceituada a nível internacional, tenha vendido apenas uma camisola, cujo preço, 9.90(euros) durante todo um dia de trabalho? Este valor, é certo que não estará perto da média de vendas, mas aconteceu e, era de todo impensável até à poucos dias.
Com ordenados aos trabalhadores para pagar, com uma renda elevadíssima para pagar, como é que é possível apenas esta venda ter sido registada? Será que não se chega rapidamente à conclusão que estaremos perto do fim caso nada seja mudado? Caso as políticas não sejam mudadas?

Tiago Oliveira N21 11D

João Aragão disse...

Pondo de parte partidarismos idiotas que, por vezes, condicionam mais do que facilitam, é justo reconhecer razão, nestas declarações, ao líder do PCP, Jerónimo de Sousa. O secretário-geral do PCP apontou a tributação progressiva como uma medida alternativa à política fiscal adoptada pelo Governo. Estou inteiramente de acordo com esta medida: a política fiscal só é socialmente justa se as entidades com maiores rendimentos pagarem uma maior parcela de imposto, ao mesmo tempo que aqueles com menores rendimentos pagam uma menor parcela de imposto. A aplicação desta tributação progressiva poderá reflectir-se no aumento das receitas públicas, no aumento da produção e no aumento do consumo, sempre na lógica da protecção das pequenas e médias empresas. Jerónimo de Sousa advogou também a diminuição dos custos dos factores de produção como a energia, as comunicações, o crédito e os transportes, para que se consigam economias de escala, no sentido do crescimento da competitividade das empresas, em contraponto com a diminuição dos custos de trabalho, como a redução da quantia salarial, que apenas se traduzirá no decréscimo do consumo e no posterior arrefecimento da economia.
Jerónimo de Sousa alertou também para a possibilidade da Alemanha colonizar Portugal, ainda que não tivesse clarificado em que moldes se faria essa colonização. Tristemente, assumimos um estatuto de mendicidade internacional - por nossa própria responsabilidade, diga-se de passagem – que nos levou a uma perda de soberania nacional que mancha gravemente o orgulho e a dignidade do povo português. A supressão do feriado do 1 de Dezembro, como símbolo e comemoração da restauração da independência, começa a ter uma certa lógica, na medida em que Portugal, enquanto pedinte e devedor internacional, não é hoje um país independente. A tentativa de domínio político de Portugal por parte dos principais países europeus, com destaque para Alemanha e França, é algo que devemos combater e evitar afincadamente. Começamos a viver numa Europa germanófila, isto é, dominada económica e politicamente pela Alemanha, que efectivamente não obedece ao princípio da igualdade entre os Estados-Membros. Um dos objectivos por detrás da criação da União Europeia (primeiramente, Comunidade Económica Europeia - CEE) foi o de os principais países europeus vigiarem a Alemanha, para que a Europa não voltasse a cair em mais conflitos armados causados pelas vontades imperialistas do poder alemão, como aconteceu com as duas grandes guerras mundiais. No entanto, assiste-se agora a um imperialismo germânico que, de forma disfarçada e aparentemente democrática, estende o seu poder económico e político ao resto da Europa. É o que acontece em Portugal: eles mandam, nós obedecemos. O Governo de Portugal passa a ideia de um aluno certinho e cumpridor que acata, calado e quieto, as ordens de um professor.

João Aragão, nº14, 11ºD