A economia é o motor da sociedade

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012




 Imprensa avança que acordo prevê congelamento de salários até que a taxa de desemprego desça abaixo de 10%. Está em 20,9%. Salário mínimo é cortado em 22%, mas no caso dos jovens a descida será de 32%. O equivalente à TSU também desce, como queria o FMI para Portugal. Conheça aqui as medidas acordadas em Atenas.

Ainda não foram divulgados documentos oficiais, mas a imprensa grega está a noticiar o que diz ser o essencial do acordo que, após longos dias e longas noites de discussão, foi alcançado nesta madrugada entre os líderes dos três partidos (Pasok, Nova Democracia e Laos) que integram o governo provisório de unidade nacional.

A dureza das medidas levou o vice-ministro do Trabalho, Yannis Koutsoukos (Pasok/socialista) a apresentar esta tarde a sua demissão ao primeiro-ministro Lucas Papademos.

O novo plano de austeridade é a contrapartida reclamada pela comunidade internacional por um novo empréstimo da UE e do FMI de 130 mil milhões de euros (que acresce ao de 110 mil milhões acordado em 2010) e pelo perdão de metade da dívida detida por bancos privados (cerca de 100 mil milhões de euros, num total de 350 mil milhões).

O acordo é ainda um “quase” acordo, na medida em que falta concretizar poupanças de 300 milhões de euros (possivelmente na Defesa) para evitar cortes mais amplos nas pensões, como havia sido proposto pela troika, que representa os credores oficiais (Comissão, BCE e FMI).

Estas são algumas das medidas que estão a ser dadas como fechadas pela imprensa grega e que acrescem às já tomadas no último ano e meio, e que passaram por subidas de quase todos os impostos e cortes nos salários da função pública.

SALÁRIOS E PENSÕES

- Redução em 22% do salário mínimo (actualmente fixado em 751 euros brutos mensais). No caso dos jovens com menos de 25 anos, onde se concentra (como em Portugal) o essencial do desemprego, o salário mínimo é reduzido em 10 pontos percentuais adicionais.

- Congelamento de todos os salários controlados pelo Estado até que a taxa de desemprego desça abaixo dos 10% da população activa. Segundo dados hoje divulgados, a taxa de desemprego subiu em Novembro para 20,9%, contra os 18,2% em Outubro. Entre os jovens com menos de 25 anos o desemprego está nos 48%.

- Pensões dos reformados de antigas empresas públicas (são dados os exemplos da OTE Telecom e da Eléctrica) são reduzidas em 15%. Aposentados das empresas portuárias perdem 7%.

- No final de Junho, serão revistos os estatutos salariais específicos de magistrados, médicos do sector público, diplomatas, polícias e militares.

FUNÇÃO PÚBLICA

- Até ao fim deste ano, serão colocados no quadro de excedentários 15 mil funcionários. O objectivo é reduzir em 150 mil o universo dos funcionários públicos, que ainda ronda os 700 mil

CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS

- Descida do equivalente à TSU, com uma redução imediata das contribuições para a Segurança Social de dois pontos percentuais e um novo corte, de três pontos, a aplicar em 2013. Não é claro se esta redução se aplica somente à parte paga pela entidade patronal – como o FMI já queria ter implementado em Portugal – ou se também se estende à contribuição assegurada pelo trabalhador.

PRIVATIZAÇÕES

- Venda até ao fim de Junho das participações já previstas do Estado em seis empresas, caso da empresa de apostas futebolísticas e lotarias OPAP, e também da maior petrolífera do país, a Hellenic Petroleum (ELPE). Para o segundo semestre do ano, fica previsto o leilão da concessão da exploração dos portos e aeroportos, bem como da operadora de auto-estradas Egnatia Odos.

EVASÃO FISCAL

- Duplicar, para dois mil, o número de fiscais até ao fim de Abril. Em contrapartida, até ao fim do devem fechar 200 repartições fiscais espalhadas pelo país.

- Abolir isenções e benefícios fiscais, reestruturar as tabelas do IVA e dos impostos sobre o património imobiliário.

DESPESA

- Redução adicional da despesa militar no equivalente a 0,15% do PIB

 Notícia apresentada por: Ricardo Pereira Nº18 11ºD

19 comentários:

Anónimo disse...

Nesta notícia damos conta de uma descida nos salários dos trabalhadores na Grécia para levar a uma diminuição do desemprego. Contudo, existem níveis nos cortes dos salários, em que os mais jovens são os mais desfavorecidos, pois são aqueles em que o corte é maior chegando mesmo a atingir os 32%.
Este tipo de medidas foram impostas no sentido de a Grécia cumprir os prazos estipulados pelo FMI, e consequentemente receber as quantias que foram pedidas emprestadas. Como podemos constatar através da notícia, a Grécia já pediu quantias exorbitantes por duas vezes, o que nos leva a acreditar que a Grécia não devia pedir mais dinheiro emprestado mas poder fazer face às suas anteriores dívidas contraídas, mas antes vender um dos seus maiores patrimónios ( por exemplo uma das suas ilhas ).
Ao vender, uma das suas ilhas a Grécia iria ter ali uma fonte de receitas ( que eram receitas patrimoniais ) e assim escusava de ter de pedir dinheiro constantemente. Com a venda de uma das ilhas das Grécia, para além de cobrir os empréstimos, a Grécia podia ainda ganhar a confiança dos mercados, pois já não seria necessário que os bancos privados perdoassem metade da dívida.
Contudo, a venda de uma das ilhas da Grécia não trás só vantagens, pois por exemplo a nível turístico se um país passa-se a deter uma dessas ilhas podia investir nestas e torná-la mais atrativa do que a Grécia e assim a Grécia perderia turistas (quando recuperasse desta crise, pois agora o que não deve haver são turistas).
Por outro lado, acho também que a Grécia para conseguir arrecadar receitas não devia só implementar medidas de austeridade mas também medidas que implicassem o crescimento económico. Pois se a Grécia implementa medidas de austeridade atrás de medidas de austeridade fazendo com que a economia se vá retraindo mais cedo ou mais tarde “mata a economia” do país.
Inês Moura, nº12

Ricardo disse...

A notícia apesar de retractar a realidade de outro país está bem relacionada com a matéria com que estamos a dar, para além de que o estado da Grécia não estar muito longe do estado português.
A notícia retracta as despesas do estado e as políticas orçamentais (estão a tentar reduzir as despesas militares em 0,15% do PIB e diminuir o salário mínimo); retracta uma política de redistribuição dos rendimentos quando falam na descida das contribuições sociais; políticas fiscais (abolir isenções e benefícios fiscais); política económica estrutural (privatizações).
Portugal está numa situação melhor que a referida acima, pois os planos têm sido cumpridos, no entanto poderemos vir a caminhar para o mesmo estado que a Grécia.

Ricardo Pereira nº18 11ºD

Afonso Pedroso disse...

As noticias da actualidade incidem geralmente sobre o estado negativo da economia de determinados países Europeus como Portugal, Espanha e Grécia, esta noticia nao é excepçao pois incide uma vez mais sobre as medidas de austeridade que têm sido tomadas pelo governo Grego atraves da “Troika”.

Esta noicia apresenta medidas como a redução em 22% dos salários mínimos, passando de 751 para 585 euros, a redução em 150 mil o número de funcionários públicos, privatizações e o Congelamento dos vencimentos até que a taxa de desemprego desça abaixo dos 10% da população activa. No entanto a taxa de desemprego encontra-se ainda nos 20,9% da população activa, ou seja, afecta 1,02 milhão de “trabalhadores”.

O governo Grego encontra-se numa grande instabilidade com uma recente onda de demissões e despedimentos, quer do vice-ministro do Trabalho Yannis Koutsoukos quer de 43 deputados, que rejeitaram a disciplina de voto e se opuseram ao memorando de entendimento com a 'troika'. Esta onda de despedimentos e demissões que tiveram inicio com a demissão do anterior primeiro ministro Georges Papandreu em Novembro do ano passado, mantendo esta têndencia prevê-se um futuro económico e social muito negro para a população grega.

A resposa dos Gregos a esta grande instabilidade é presenciada nas ruas atenienses, que têm sido nos ultimos meses palcos sucessivos de manifestações e confrontos entre policia e menifestantes, que se encontram contra as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo governo, contudo, apesar da severidade das medidas impostas pela “troika”, a população Grega continua a ter mais regalias comparativamente com as da população portuguesa, caso exempleficativo de tal diferença é o facto do salário minimo Grego ser agora, após os decréscimos, 585 euros, e o salário minimo português é desde 1 de Janeiro de 2011 ser 485 euros, inferior ao grego em 100 euros.

Afonso Pedroso Nº1 / 11ºD

Mark disse...

Esta é mais uma notícia sobre a crise que decorre actualmente, incidindo na Grécia que está numa situação muito dificíl e muito má e as medidas tomadas mostram precisamente isso. Dão a entender que estão num estado de “desespero” para conseguir aumentar as receitas e diminuir a todo o custo as despesas.

As privatizações anunciadas nesta notícia, parecem ser, a meu ver, a melhor medida. Claro que não pode ser só privatizações mas quase todas as medidas referidas na noticía traduzem-se numa perda de compra, o que dificulta imenso o funcionamento da economia. No caso da diminuição dos salários, o objectivo é combater o desemprego mas embora seja mais fácil para uma empresa contratar pois os salários são mais baixos, se essa mesma empresa não tiver capacidade financeira para o fazer, pois devido à falta do poder de compra, as pessoas não compram os produtos dessa empresa, então esta medida não serve de muito.

O que eu quero dizer com isto é que não se pode aplicar apenas medidas de austeridade, é também necessário medidas que promovam o crescimento económico e que levem as empresas a inovar, tornando-se mais competitivas e podendo assim criar mais emprego.

Mark Alexandre Vaz
Nº16 11ºD

Anónimo disse...

Esta noticia mostra mais uma das medidas de austeridade, pelo governo grego, que faz parte das medidas impostas pelo FMI no sentido da Grécia cumprir os prazos estipulados.
Neste caso damos conta de uma descida nos salários dos trabalhadores na Grécia para levar a uma diminuição da taxa desemprego para 10%, mas no caso dos jovens a descida será e 32%Houve também uma redução dos salários mínimos, que passaram de 751 euros para 585 euros, medidas que podem ser desesperantes para alguns gregos.

As novas medidas impostas não só farão que haja um ciclo infernal da recessão, como também vão acentuar a baixa do salário e das despesas públicas em toda a Europa, e isso num momento em que o número de pobres não para de aumentar em todos os países, inclusive na Alemanha.


Afonso Limão Nº2

Filipe Esteves disse...

Esta notícia mostra a dureza das medidas impostas à Grécia.Tão duras que podem levar a uma situação social incontrolável, com consequências terríveis não só para os gregos como também para os países da UE.
As medidas aqui apresentadas são uma condição para um novo empréstimo à Grécia. Mas as condições para este novo empréstimo podem mais uma vez agravar a economia em vez de a melhorar. Inicialmente a Troika impôs à Grécia condições para um primeiro empréstimo e as previsões que o FMI fez para a economia grega apontavam para que a Grécia estaria agora muito melhor do que de facto está. O desemprego , a procura privada, o investimento, o PIB , tudo apresenta numeros muito piores do que os previstos no início apesar das medidas que foram tomadas. As medidas de austeridade conduziram a uma depressão económica ainda maior e foi esquecido o crescimento economico. Com este cenário como é possível acreditar que medidas ainda mais gravosas para o desemprego e para a procura interna, possam ser eficazes?
Como mostrou Keines em periodos de recessão profunda medidas como estas que vão aumentar ainda mais a austeridade vão apenas agravar a situação. A economia não tem espaço para crescer e sem crescimento não há forma de pagar empréstimos e as consequências sociais serão muito más.

Filipe Esteves disse...

Esta notícia mostra a dureza das medidas impostas à Grécia.Tão duras que podem levar a uma situação social incontrolável, com consequências terríveis não só para os gregos como também para os países da UE.
As medidas aqui apresentadas são uma condição para um novo empréstimo à Grécia. Mas as condições para este novo empréstimo podem mais uma vez agravar a economia em vez de a melhorar. Inicialmente a Troika impôs à Grécia condições para um primeiro empréstimo e as previsões que o FMI fez para a economia grega apontavam para que a Grécia estaria agora muito melhor do que de facto está. O desemprego , a procura privada, o investimento, o PIB , tudo apresenta numeros muito piores do que os previstos no início apesar das medidas que foram tomadas. As medidas de austeridade conduziram a uma depressão económica ainda maior e foi esquecido o crescimento economico. Com este cenário como é possível acreditar que medidas ainda mais gravosas para o desemprego e para a procura interna, possam ser eficazes?
Como mostrou Keines em periodos de recessão profunda medidas como estas que vão aumentar ainda mais a austeridade vão apenas agravar a situação. A economia não tem espaço para crescer e sem crescimento não há forma de pagar empréstimos e as consequências sociais serão muito más.

Afonso Bento disse...

A tensão continua na Grécia.
A notícia remete-nos para uma vez mais, a tomada de medidas de austeridade.

A mais falada nos últimos tempos tem sido a redução do salário mínimo, que foi alvo de muitos protestos. É divulgada agora a notícia de um congelamento de salários, até que a taxa de desemprego diminua.

O estado da Grécia é cada vez mais preocupante, e este tipo de medidas prova-o claramente.

A notícia é actual, e contextualizada com a matéria.
A um nível social o descontentamento e as manifestações continuarão, e este pacote de medidas afectará bastante as famílias.


Afonso Bento Nº4

Anónimo disse...

Esta noticia está relacionada com a matéria que estamos a dar na aula mesmo falando sobre um país como a Grécia, até porque Portugal senão melhorar está a caminhar para problemas iguais aos gregos.
Esta notícia fala sobre os salários na Grécia e mais uma vez na sua descida. Estas medidas já eram esperadas, mesmo sendo muito duras é uma realidade que o povo grego terá de enfrentar. Este plano de austeridade vem na medida em que a Grécia tem de pagar os empréstimos da UE e do FMI.
A quantidade de cortes nas despesas são enormes, tanto na função pública como na defesa do país. A pressão imposta pela Troika na Grécia levou à demissão do vice-ministro do trabalho.
Acho que a Grécia se encontra numa fase quase irreversível e continuar a pedir empréstimos não é a solução. Actualmente vivem-se momentos muito maus na Grécia em termos sociais, e estas novas medidas podem trazer um aumento dos protestos.

Henrique Olim Cardoso

Jorge favinha disse...

Esta notícia exemplifica a austeridade que o FMI está a impor aos gregos, isto devido a situação caótica a que chegaram. Embora o salário mínimo grego seja superior ao português, este sofreu um grande corte.
No caso dos jovens ainda serão mais afectados. Esta classe social tem sido uma das grandes prejudicadas.
Estas medidas, embora muito injustas para os trabalhadores,tiveram que ser adoptadas, caso contrário a Grécia perdia um empréstimo de 130 mil milhões por parte da UE e do FMI
Como era de esperar, estas novas medidas de austeridade foram bastante contestadas, pelos trabalhadores e até pelos funcionários do governo, como o caso do vice-ministro do Trabalho.

Apesar da contestação, este governo tenta a todo o custo cortar ainda mais nas pensões, abdicando assim de algum investimento no departamento da Defesa.

Os jovens, são mais uma vez, bastante afectados, porque além de serem os que vêem o seu rendimento a ser mais cortado, o seu desemprego é quase metade da população activa com menos de 25 anos (cerca de 48%). O congelamento dos salários será outra medida que afectará bastante a população, porque além dos impostos subirem, o seu rendimento não chega para cobrir as suas despesas.

Como a notícia refere, o sector público terá despedimentos na casa dos 15 mil, só este ano. Uma das exigências do FMI será despedir até cerca de 150 mil funcionários públicos.

Tal como Portugal está a fazer, a Grécia tem necessecidade de vender as suas participações junto das empresas. No caso de Grécia, esta vederá a maior petrolífera do país, o que significa a diminuição das receitas a longo prazo.
Por fim, outra das medidas para obter receitas será no campo da fiscalidade.
Tal como em Portugal existe uma grande evasão fiscal, por isso o Governo aposte, e bem, na contratação de fiscais para evitar uma maior perda de dinheiro.

Anónimo disse...

Antes de mais, apenas espero que este não seja o espelho que os portugueses terão de ver dentro de uns meses.
É de facto uma noticia bastante actual e desde já os meus parabéns. No entanto actual não significa que a vejamos de bom grado, sendo que a Grécia, o país com maior dificuldade mundialmente tem de enfrentar medidas de austeridade tremendas e que tem causado enormes revoluções e greves que apesar de nao contribuirem para melhorar a situação tem de ser feitas pois alguém tem de contestar. Obviamente que esta situação é a consequência da ostentação de políticos que durante muito tempo viveram.
Sem outra opção, se nao ceder á Troika, a nação Grega vê-se numa situação em que tem de baixar salários para um limiar de pobreza em relação ás condiçoes minimas do seu país. Os mais afectados são de facto os jovens que nao tiveram culpa nenhuma assim como os reformados pensionistas que também vêem as suas pensoes diminuirem, isto sem falando da subida natural do IVA, imposto muito importante e que pretende a curto prazo encontrar maneira de arranjar dinheiro. Em Portugal cortaram os subsidios de Natal e ferias á função publica e aqui foi o mesmo que aconteceu e ainda mais. Os funcionários publicos são sempre os mais prejudicados e neste caso nem tem a hipotese de "emigrar para os PALOP" tal como dizia o nosso primeiro-ministro. São uma nação que ninguem acredita e que tem feito cortes em tudo e mais alguma coisa. Não concordo com o facto de privatizarem a sua maior petrolifera pois era daí que poderiam ver a sua situação melhorar. Também nao concordo com o facto de apenas em Junho serem vistos os salários dos magistrados, médicos e outros sendo que também sao funçao publica. Apoio a proposta "maluca" mas ao mesmo tempo de honra, de o congelamento de salários ate diminuirem o desemprego para metade, tarefa dificil mas que apenas é possivel se houver investimento mas sem dinheiro para investir e financiar, é dificil. O que mais me chocou foi sem dúvida a descida descuidada dos salários que levará a uma pobreza e miséria enorme quando os contributos sociais também estao a ser diminuidos.
Deixo a minha opinião que este é um exemplo claro do que não se deve fazer, ou seja, viver acima das possibilidades durante tanto tempo e contrair empréstimos descabidos.

Saudações aos restantes seguidores,
João Grilo

Filipe Elvas disse...

Com esta notícia podemos retratar o estado em que a Grécia está,ou seja, num estado de puro desespero para reduzir as suas despesas. Eu acho que a Grécia não vai melhorar com estas medidas, pois este tipo de medidas retira capacidade de adquirir bens aos consumidores e, como o Mark disse no seu comentário, apesar dos salários mínimos diminuírem, ou seja, as empresas podem contratar mais trabalhadores, como esses trabalhadores têm menos capacidade de adquirir bens, as empresas não vão conseguir escoar os seus produtos.Se as empresas não escoarem os seus produtos, não conseguem criar riqueza e se não criam riqueza , não conseguem pagar aos seus trabalhadores.Logo não interessa quão baixo é o salário mínimo pois as empresas não vao conseguir contratar as pessoas desempregadas. Isto é um ciclo vicioso que só vai acabar quando começarem adpotar outro tipos de medidas,e com isto quer dizer, medidas que favorecem o crescimento económico.
Eu entendo o porquê destas medidas, mas continuo a afirmar que este não é o caminho certo para a Grécia sair da crise que está envolvida.
Com esta notícia podemos ver o estado em que Portugal poderá estar no futuro se continuar a adpotar medidas que só fomentam a pobreza e retiram a capacidade de investimento das empresas, mais concretamente das pequenas e médias empresas que são a base de todas as economias.

Bernardo Santos disse...

Poderá esta notícia reflectir o que estará prestes a acontecer a Portugal?
Infelizmente este é um cenário que, apesar de indesejado por todos nós, poderá estar muito perto do que passará a ser a vida de todos os portugueses.
Situações como o corte de salários, mais propriamente corte do salário mínimo (no caso da Grécia em 22%), são algumas das medidas, bastante penosas, que puderam vir a fazer parte do quotidiano dos portugueses.
No entanto, na minha opinião, a Grécia não está a levar o seu país pelo caminho certo ao só adoptar medidas de cortes salariais pelo que devia apostar numa tomada de medidas de índole expansionista com o objectivo de aumentar o investimento das empresas e dessa forma possibilitar um crescimento económico.

Bernardo Santos, Nº7, 11ºD

Pedro Tomé disse...

Ao contrário do que acontece com Portugal, a Grécia tem apresentado provas de que o cumprimento do seu plano de austeridade, imposto pelas instituições que têm financiado a sua economia, não está a corresponder ao que é suposto para uma tal situação de desespero que se sente nesta margem do mediterrâneo.

O que o comprova são as restrições que têm surgido nas medidas que tentaram implementar, como o aumento de funcionários públicos, em vez da sua redução, o programa de privatizações que somente foi cumprido em 25% ou os míseros 6% da redução dos salários da função pública.

É isto que marca a diferença entre o povo português e o grego, um sentido de ultrapassar as adversidades que nos irá permitir mostrar aos investidores, à União Europeia e até às agências de Rating que olharam para a crise portuguesa apenas analisando gráficos e valores respetivos ao agravamento da nossa dívida, sem sequer se lembrarem de abrir a nossa história para comprovarem que valemos mais do que aparentamos e que mesmo com falta de liquidez nos conseguiremos aguentar porque é assim que tem de ser, porque é esta a nossa mentalidade.

Já a Grécia, não consegue organizar o seu povo para um bem comum, porque uma crise ultrapassa o domínio das finanças, vai depender de uma pré-disposição da população para cooperar e repartir tarefas na construção de um país melhor, com menos corrupção (pois na maior parte dos casos é aqui que o problema tem origem), com maior estabilidade económica e social, mais justiça e segurança, com uma educação mais cuidada e com uma preocupação especial em conseguir aproximar o governo às famílias, ponto que a meu ver Portugal não está a cumprir dado que não se verifica no país um líder (como acontece nos EUA) nem consegue pôr a população devidamente informada, o que retira credibilidade e confiança ao governo.

Alguns sugerem como soluções para a Grécia medidas como o aumento das receitas patrimoniais através da venda das ilhas que estão subjacentes e uma reforma profunda nas administrações públicas de forma a não terem que abandonar a União Europeia. A meu ver, nenhuma destas sugestões teria sucesso, dado que o povo grego já não acredita no cumprimento do pagamento da dívida e das respetivas medidas de austeridade. O que se passa na Grécia é que o seu povo já está mentalizado para a “derrota” e na minha opinião, já está a preparar terreno para outros “campeonatos”. Quero com isto dizer que já toda a comunidade se apercebeu que a saída da UE será inevitável, que os gregos terão que enfrentar uma nova realidade e que, portanto, de nada lhes serviria adaptarem as suas administrações públicas às medidas de austeridade que ficarão para trás, terão sim que adaptá-las a uma nova economia a crescer do zero.

Pedro Tomé Nº17 11ºD

Anónimo disse...

Muitos pontos relevantes são falados na notícia de hoje. O tema principal foca-se na situação actual da Grécia. Apesar de não terem sido ainda divulgados através de “documentos oficiais” sabe-se, através da imprensa grega, que medidas de austeridade irão ser lançadas brevemente neste país. Tais medidas concentram-se nas áreas de Salários e Pensões, Função Pública, Contribuições Sociais, Privatizações, Evasão Fiscal e Despesa.

Com base nesta descrição, conclui-se, claramente, que a situação económico-financeira da Grécia é devastadora. Não só pelas medidas extremas de austeridade que vão ser aplicadas, como a possível reacção do povo e ainda os efeitos relevantes que irão ser criados. Comenta-se que uma das poucas soluções deste país será a sua saída da União Europeia. Mas que consequências, para a Grécia e para os países restantes da União, criará esse procedimento? Será que essa situação poderá até afectar Portugal? Muitas teorias são comentadas, mas nenhuma delas se arrisca a ser aplicada pois não há qualquer grau de convicção. Na verdade, só podemos ver o futuro através de previsões e não de certezas. Neste momento, acredito que a melhor decisão será aquela que será tomada pela melhor intuição.

Relativamente a outras problemáticas, a notícia revela a situação dos salários. Na Grécia, estes irão sofrer um processo de “congelamento” até que a taxa de desemprego diminua até valores inferiores a 10%. Dado que o seu valor actual é de 20,9%, uma grande evolução terá de ser alcançada por parte desta nação. Deste modo, o salário mínimo sofre um corte de 22% em relação à população activa adulta. No caso dos jovens este corte irá ser ainda maior (cerca de 32%). De facto, este acontecimento constitui um duplo problema: para além de eliminar uma grande parte do rendimento das famílias, os jovens, os quais constituem o futuro promotor de Desenvolvimento e Crescimento Económico, irão sofrer penalizações ainda maiores. Acredito que esta medida, a qual envolve a temática dos salários, seja necessária. No entanto, discordo completamente com o corte excessivo dos salários dos jovens. É uma grande fonte de desmotivação social e consequente recessão.

A notícia aborda ainda a questão da demissão do vice-ministro do Trabalho da Grécia, a qual justifica-se pela “dureza das medidas de austeridade”. Dadas as circunstâncias, muitos factos demonstram que a sua situação piora cada vez mais, na maior parte das vertentes económicas, apontando para o claro desabamento de um país, aparentemente, rico e “cheio” de potencial económico, nomeadamente, turístico.

Rita Matos Nº19 11ºD

carolina barros disse...

A notícia remete-nos para a crise financeira que é vivida na Grécia, um país que se assemelha em muitos aspectos com Portugal.
Aqui são apresentadas novas medidas de austeridade, em que haverá uma descida dos salários com agravamento mais acentuado para os jovens.
Apesar de ainda não terem sido formalizadas, a imprensa grega afirma o que diz ser o essencial do acordo feito entre os três partidos, como contrapartida do novo empréstimo e pelo perdão de metade da dívida.
Estas medidas levaram igualmente a uma crise política com a demissão do vice-ministro do trabalho.
Estas medidas estão igualmente a gerar nova crise social e revolta dos cidadãos gregos, mas de facto a recuperação do país não terá muitas mais alternativas.

Tiago Oliveira disse...

A notícia fala sobre um dos, senão o maior, casos de crise mundial.
Todas as medidas, pelo menos presentes nesta notícia, são de austeridade e os seus objectivos são de reduzir a taxa de desemprego.
A Grécia é um país com uma taxa de desemprego de 20.9%, o que faz com que os encargos do Estado estão, em quantidades exageradas, nesta percentagem de população teoricamente activa e que deveria estár a contribuir para o crescimento da economia do país, pois toda ela necessita de subsídios (subsídio de desemprego, por exemplo).
As medidas tomadas a fim de reduzir esta mesma taxa estão baseadas na ideia de baixar os salários e as pensões, reduzir o número de funcionários públicos, redução das contribuições para a segurança social, aumentar o número de privatizações,
abolir isenções e benefícios fiscais, reestruturar as tabelas do IVA e dos impostos sobre o património imobiliário e a redução da despesa militar.
Todas elas demonstram que o principal objectivo grego neste momento é o corte desesperado de custos.
A ideia de que as políticas de austeridade podem muito provavelmente não dar resultado já é conhecida, pois muitos economistas, bem como o FMI já conseguem prever o resultado que este tipo de política dá trás economia de um país.
As políticas de extrema austeridade fazem com que o problema não se resolva, apenas alivie e em muito pequenas quantidades o défice e a dívida a curto prazo, não resolvendo em qualquer outro aspecto os verdadeiros problemas estruturais de uma economia, ou seja, aqueles que mais necessitam de ser resolvidos para a mesma voltar ao seu crescimento normal e esperado.
Actualmente, é impossível que a resolução de uma crise económica aconteça através do cumprimento das ideologias de qualquer política ou mesmo ideologia económica.(Keynesianismo/Liberalismo/Marxismo) pois para a aplicação de qualquer uma das mesmas, é necessária a existência de uma boa triagem do problema, a fim de após essa, realizar a devida cura.
A solução para a resolução de todas estas crises estruturais é a aplicação/implementação de políticas de crescimento.
O problema que surge é que nenhum país neste momento, nem mesmo o BCE as conseguem criar, o que faz com que, a única alternativa seja aplicar políticas de austeridade, que incluem nelas erros de palmatória, que até os próprios políticos sabem que apenas prejudicarão o país e as gerações futuras.

Tiago Oliveira N21 11D

Anónimo disse...

Esta notícia remete-nos para os tempos duros e díficeís que o povo grego está a viver. Ela dá-nos conta do novo plano de austeridade implementado na Grécia, verificando-se uma enorme dureza e insensibilidade pelas necessidades sociais dos gregos, o que originou a demissão do vice-ministro do Trabalho, YannisKoutsoukos deste País.

A implementação destas medidas foi imposto pela Troika com a concordância da comunidade internacional (UE e FMI) para se concretizar um novo empréstimo e o perdão de metade da dívida.

Estas medidas servem na sua essência para reduzir a taxa de desemprego, visto que este atingiu em Novembro o valor de 20,9%.

Os mais afectados com estas medidas são os jovens com menos de 25 anos, a estes o salário mínimo é reduzido em 10 pontos percentuais adicionais.
Verificam-se o congelamento de todos os salarios dos funcionarios publicos ate que a taxa de desemprego diminua e obrigatoriamante cerca de 15 mil destes funcionarios serem colocados no quadro dos excedentes.
Constata-se a privatização de seis empresas do Estado grego.

Vasco Soares Nº22 11ºD

João Aragão disse...

Esta notícia dá-nos conta da situação desesperante em que se encontra a Grécia, com o incumprimento do programa de ajuda financeiro e uma dívida externa praticamente impagável. Constam, nesta notícia, novas medidas de austeridade, cujo principal objectivo é reduzir a taxa de desemprego, que se encontra ainda nos 20,9%. Entre as medidas a tomar, encontram-se algumas como: baixar os salários e as pensões, reduzir o número de funcionários públicos, reduzir as contribuições para a Segurança Social, aumentar o número de privatizações, abolir isenções e benefícios fiscais, reestruturar as tabelas do IVA e dos impostos sobre o património imobiliário e a reduzir a despesa militar. No entanto, continuo a defender que é importante perceber que se chega a um ponto em que é inútil continuar a aumentar os impostos. As empresas entram em falência, as pessoas vão para o desemprego, o consumo diminui porque o poder de compra diminui, as greves sucedem-se e a economia deixa de responder, morre afogada numa pesadíssima carga fiscal. Tantas e tão violentas medidas de austeridade irão provocar uma enorme recessão na economia Grega. Assiste-se depois ao chamado “efeito dominó”, em que, com a recessão económica, a receita fiscal diminui, porque as pessoas vivem pior, consomem menos, criam menos riqueza e, por fim, na soma de todas as coisas, o défice do Estado aumenta. Já disse e volto a referir: o constante aumento de impostos não é a solução para sair da crise. São precisas medidas estruturais que criem emprego e riqueza e, assim, relancem a economia do país. Diria que, na Grécia, por não haver um esforço e um espírito de sacrifício nacionais, no sentido da recuperação económica do país, com o aumento brutal dos impostos, a receita fiscal irá cair, uma vez que o mais provável é que os gregos comecem a fugir ao fisco, muito mais do que até aqui.

João Aragão, nº14, 11ºD