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domingo, 27 de março de 2011

 


Depois de a comunicar a Cavaco Silva, num encontro em Belém após o chumbo do quarto Plano de Estabilidade e Crescimento (PEC 4), José Sócrates disse, já em São Bento, que a Oposição "retirou todas as condições para o Governo continuar".
Por isso, Sócrates confirmou que pediu a demissão a Cavaco.

"Sempre alertei para as consequências negativas de um intervenção externa. Há toda uma diferença entre um País que resolve os seus problemas e um País que tem de pedir ajuda externa por não conseguir resolver os seus próprios problemas", disse Sócrates.
O primeiro-ministro lembrou a postura do Governo nos últimos dias, à procura de um entendimento quanto ao PEC4: "Foi por isso que mantive até ao último minuto o esforço de dialogar com todos. Ao longo destes dias fiz inúmeros apelos à responsabilidade. Lamento ter sido o único a fazer esse apelo e lamento ainda mais que nenhuma política tenha respondido a esse apelo", disse.
"Estou a cumprir o meu dever", sublinhou José Sócrates, garantindo que "o Governo vai cumprir o seu dever dentro das suas competências de governo de gestão".
"A crise política só pode ser resolvida pela decisão soberana dos portugueses", sustentou.
Sócrates acusou ainda o PSD de "sofreguidão do poder" e foi mais longe: "Há quem não hesite em enfraquecer as instituições portugueses. Há quem não hesite em colocar o interesse político acima do interesse nacional."
O líder do PS deixou ainda uma palavra de esperança, considerando que será possível ultrapassar as contrariedades. Ainda assim, reconheceu que "esta crise surgiu no pior dos momentos".
"Confio nos portugueses e no seu julgamento. Confio em Portugal", foram as suas últimas palavras.

 Notícia apresentada por: Afonso Bento Nº4 10ºD

16 comentários:

Filipe Esteves disse...

Esta noticia diz-nos que o primeiro ministro se demitiu pelo facto de não se ter aprovado o PEC 4. A crise económica viu-se assim ser agravado pela crise politica.
O engenheiro José Sócrates atribuiu á oposição a responsabilidade pela crise politica, responsabilizando os outros partidos pela não procura de consensos. Cabe agora ao povo portugueses decidir.

filipe Esteves 10ºD nº10

henrique disse...

Já era à muito esperado a demissão de Sócrates. O chumbo do 4º PEC foi só a gota de água. Tal como diz Sócrates a intervenção externa traria imensas consequências negativas e eu também prefiro que sejamos nós a resolver os nossos problemas. A intervenção externa levaria a uma enorme especulação dos mercados o que estragaria ainda mais a nossa indústria exportadora, e os juros a pagar aumentariam ainda mais. Sócrates acusa a oposição de ter arruinado Portugal ao voltar a recusar o PEC. Esta crise política veio num péssimo momento, um momento de crise económica também. Na minha opinião a ajuda externa é agora irreversível.

Henrique Cardoso Nº12 10ºD

Mark disse...

A demissão de José Sócrates não foi surpresa para ninguém. Era uma coisa já esperada e com chumbo do PEC 4, fez com que fosse “impossível” continuar a governar. Estes PEC têm como objectivo resolver a crise portuguesa logo se estão constantemente a ser chumbados Sócrates tinha que se demitir. Sócrates tentou fazendo inúmeros apelos, pois o objectivo dele era conseguir resolver a crise evitando a necessidade de ajuda externa, pois logicamente um país que consegue resolver os seus problemas sem ajuda externa é bem diferente de um país que recorre à ajuda externa, pois há muito mais especulação diminuindo a confiança dos mercados internacionais. Agora com esta demissão parece-me que a ajuda externa é muito mais provável.

Mark Vaz nº17 10ºD

Afonso Soares disse...

Esta noticia na minha opinião nao é nada de extraordinário, pois a demissão do engenheiro José Socrates era algo que iria acontecer mais tarde ou mais cedo, devido à enorme crise económica em que o país se encontra.O facto do 4ºPEC não ter sido aprovado não só foi algo que suscitou mais uma razão para a demissão de José Sócrates mas também foi mais uma coisa que acentou a crise em que o nosso país se encontra. Depois deste impacto na economia portuguesa eu acho que a ajuda externa é a decisão mais acertada neste momento

Bernardo Santos disse...

Sócrates provocou voluntaria ou involuntariamente a crise? Esta é a pergunta que muitos dos portugueses fazem.
Em meu entender, Sócrates provocou a crise involuntariamente, porque negociou primeiro o PEC4 junto do BCE (Banco Central Europeu) e dos Estados-Membros europeus (principalente com o apoio Alemão e Francês), esquecendo-se de um factor importante. Não negociou o PEC4 com a Oposição (PSD) nem deu conhecimento ao Presidente da República, Cavaco Silva. Embora me pareça que qualquer que seja o Governo que aí vem bem como o nome que irá atribuir ao PEC4, este não poderá divergir muito do que foi apresentado por Sócrates. Toda esta situação veio agravar ainda mais a débil situação financeira em que Portugal se encontra, já que não veio trazer mais confiança aos mercados. Bem pelo contrário, estes reagiram de forma negativa, o que já se reflecte num aumento gradual dos Juros da Dívida Pública Portuguesa, que se encontram já muito perto dos 9%, o que é praticamente insustentável. Embora Sócrates sempre disse-se que o que Portugal precisava era confinaça por parte dos mercados financeiros, quer-me parecer que mais semana menos semana, a entrada do FMI é inevitável.

Bernardo Santos, Nº7, 10ºD

Pedro Tomé disse...

Na actual Zona Euro, a intervenção de instituições em determinados países, como em Portugal, é cada vez mais complexa, especialmente no que se refere às medidas adoptadas.

Nas duas únicas vezes em que Portugal se sujeitou a ser controlado pelo FMI, períodos nos quais o Euro não era ainda a moeda em vigor, deram-se sinais de recuperação económica quase que, somente pela desvalorização da moeda, de modo a promover as exportações mas também através da criação de medidas proteccionistas (obstáculos que dificultavam o consumo externo e por isso mesmo reduziam em grande parte as importações dando também mais condições às empresas nacionais). Como é óbvio, nos dias que correm, Portugal não tem qualquer influência na alteração da legislação Europeia que permite a circulação de produtos sem taxas alfandegárias e muito menos na desvalorização da moeda.

Prevê-se então, que no caso de o FMI entrar em território nacional terá de adoptar outras “tácticas”, no sentido do aumento da receita pública através de acentuados cortes na despesa e aumentos nos impostos, não esquecendo de forma alguma a falta de condições que as empresas têm para se localizar num país com graves problemas de ordem económica.

A este problema agrava-se também o elevado risco de insolvência e falta de liquidez o origina falta de confiança por parte dos mercados, causando juros de compra da dívida pública mais elevados, especialmente a longo prazo.

Pedro Tomé Nº18 10ºD

Anónimo disse...

Esta notícia não era nada que os portugueses já não esperassem há muito tempo. A demissão de José Sócrates na maioria da opinião dos portugueses foi uma boa decisão por parte deste político. Eu acho que para podermos avaliar se esta foi ou não uma boa notícia temos de esperar para depois sim podemos "criticar" a sua demissão.
Quando o PEC 4, ou seja , o plano de estabilidade e crescimento, foi chumbado Sócrates já devia estar á espera deste chumbo e ao mesmo tempo a sua demissão.
Inês Moura, nº13

Filipe Elvas disse...

Claro que esta demissão não foi uma novidade para o povo português, mas assim, cria-se mais uma crise: a crise política. Esta crise vai agravar a crise económica porque os mercados perderam a confiança que tinham em Portugal para recuperar, e isso já está a reflectir-se nos juros da dívida.
Agora com a demissão do Eng. José Sócrates, a entrada da ajuda externa tem uma elevada probalidade de acontecer num breve espaço de tempo, na minha opinião.

Ricardo disse...

Depois de todos os outros partidos terem recusado o PEC4 já era de esperar esta acção por parte de José Sócrates.
Desta maneira, ao começar-se uma crise política, intensifica-se a económica e criam-se expectativas negativas aos investidores estrangeiros, piorando a hipótese de se melhorar as exportações e a economia no geral.

Ricardo Pereira nº19 10ºD

Tiago Oliveira disse...

Era de esperar que José Sócrates deixa-se finalmente o governo, ele não está a conseguir retomar as economias do país, e após o chumbo do PEC 4 por todos os partidos, foi definitivamente a gota de agua. No entanto, o PSD, o maior partido da oposição, votaria praticamente contra fossem quais fossem as condições e medidas a serem impostas pelo PEC, o que actualmente está a fortalecer a ideia de uma crise política. Sócrates continua a dizer que Portugal não precisa de ajuda externa, e as notícias sobre nosso país já correm o mundo, o Milleniun Bcp foi classificado como nível 1, ou seja, "lixo", em que é descrito que não existe qualquer tipo de segurança ao investir, dado que o investimento seria de alto risco, o que é no fundo o que se passa actualmente em todo país e à economia geral do estado português. Portugal está agora pior, e com o descrédito ainda mais aumentado, o que vai provocar ainda mais crise no nosso país, dado a inexistência de participações estrangeiras de investimento, deslocamento de empresas e fábricas cá localizadas para outros países entre muitos outros factos negativos.

Tiago Oliveira N 24 10 D

carolina barros disse...

José Sócrates apresentou o quarto PEC( Plano de Estabilidade e Crecimento) no Parlamento e foi chumbado pelos partidos da oposição. Depois de comunicar a sua decisão em relação ao seu cargo a Cavaco Silva derigiu-se para São Bento onde em directo disse que Portugal que a oposição não deu condições para que o Governo possa continuar na liderança.
Na minha opinião era a unica decisão que Sócrates podia tomar quando o PEC apresentado foi chumbado. Mas por outro, penso que os partidos da oposiçaõ agiram mal porque por mais que tivessem em desacordo com o PEC apresentado porque é que não apresentaram então possíveis soluções.

- Ritaa disse...

O primeiro ministro José Sócrates utilizou o chumbo do PEC 4 na Assembleia para justificar a sua demissão e incompetência governamental. Acusa a oposição de 'sofreguidão de poder' e de causadores da crise politica como se ela já não existisse.
A hipocrisia no mundo da política é cada vez mais evidente, todos acusam o parceiro do lado da situação caótica em que nos encontramos.
É urgente uma mudança mesmo que esta signifique uma intervenção externa pois não seria a primeira vez em Portugal.
Algo tem que ser feito no sentido de inverter a queda livre em que se encontra a Economia portuguesa.
Chega de lamentações e de vitimizações pois não levam a lado nenhum...
É urgente uma alternativa seja ela qual for...esperamos que não seja o Engenheiro Sócrates a ser a alternativa a ele mesmo.
O povo português vai mais uma vez decidir e esperemos que dê 'frutos' económico financeiros positivos para o bem de todos nós.

Rita Alexandra Matos nº21 10ºD

Jorge favinha disse...

A demissão do Primeiro-Ministro foi devido à falta de "condições para o Governo continuar", esta situação veio após o chumbo do 4º PEC no Parlamento.
Acho que estas demissão veio na altura mais errada por várias razões, tais com, a cimeira da UE no dia seguinte, altura em que as taxas de juro da divída portuguesa estão a aumentar e a crise política a agravar-se. Percebo também a razão pela qual o Governo queria pôr o PEC o mais depressa possível na Assembleia da Republica, esta deveu-se ao facto de se fosse o caso do PEC ser aprovado no Parlamento o Governo, em especial o Primeiro-Ministro partiriam para a cimeira mais fortes, solidos e capazes de apresentar uma solução credível para a resolução da crise, também se podia dar o caso, o que acabou por acontecer, de o PEC se chumbado e José Socrates partir para a cimeira à frente de um Governo demissionário e perder muita credibilidade e confiança.
Quanto à intervenção do FMI em Portugal não tenho uma opinião absoluta, porque acredito que tal como o meu colega Henrique afirmou, que ter ajuda externa não vai acalmar certos investidores e Portugal vai sofrer mais cortes em tudo o que possa ser dispensável e viver na zona limite. E após a intervenção do FMI Portugal saíria com as suas contas organizadas mas também mais afundado em dividas.
Acredito também que se o FMI intervir na nossa economia certos mercados verão que Portugal estaria muito fraco mas com mais possibilidades de recuperar.

Afonso Pedroso disse...

José Socrates, como era já esperado pediu a sua demissão ao Presidente da República Cavaco Silva, esta acção era esperada , após o lider do PSD ter anunciado chumbar o PEC4 juntamente com toda a oposição ao PS.
José socrates recusa pedir ajuda ao FMI, afirmando “Há toda uma diferença entre um País que resolve os seus problemas e um País que tem de pedir ajuda externa por não conseguir resolver os seus próprios problemas", no entanto os Portuguêses continuam a interrogar-se sobre o uso do dinheiro que lhes é retirado todos os meses, este facto faz com que a questão da vinda do FMI se tenha vindo a “arrastar” há meses consecutivos com demasiadas polémicas para um país atolhado de dívidas, esta questão tem dado muito que falar por parte da população, mas também ilustres personalidades Portuguêsas relacionadas com a politica se começam também a prenunciar, caso do antigo presidente da República Ramalho Eanes que admitiu que apesar de não lhe agradar a ideia de Portugal recorrer ao Fundo Monetário Internacional, confessou que o (mesmo) FMI desempenhou em Portugal um papel indispensável, em 1977 e 1983, afirmou ainda que "tem-se dramatizado muito a vinda do fundo . Eu creio que o fundo e a União Europeia, se viessem, viriam sem que isso significasse uma regressão e sem que representasse um agravamento significativo das condições do país".
A questão da vinda do FMI apresenta uma evolução com uma clara evidência do desespero dos Portuguêses e da incompetência de gestão por parte do governo, que porpocionam uma opinião cada vez mais a favor da sua vinda, apesar de toda a população temer as eventuais consequências desta intervenção.

Afonso Pedroso Nº1 10ºD

João Aragão disse...

Desde o dia em que tomou posse este Governo minoritário que se sabia que, nas condições conjunturais em vigor, seria muito difícil governar. Sabia-se que a queda deste Governo seria, mais tarde ou mais cedo, uma realidade. Tal aconteceu no passado dia 23, após o chumbo do PEC IV na Assembleia da República. O chumbo do PEC IV numa “votação histórica de uma estranha coligação negativa” aconteceu na pior altura. Não havia pior momento para a demissão do Governo e para a marcação de eleições antecipadas. Às crises económica e financeira junta-se, agora, uma crise política. A Sócrates irá, muito provavelmente, suceder o líder social-democrata, Pedro Passos Coelho. Passos Coelho terá pela frente um país “estragado” e ver-se-á obrigado a seguir uma política que não será muito diferente da política proposta por Sócrates, podendo ser até mais impopular. Passos Coelho governará na iminência da entrada do FMI em Portugal. No caso de uma intervenção, o FMI adoptará medidas que consistem, sobretudo, na contenção da despesa pública e no aumento dos impostos. Penso que a entrada do FMI em Portugal é, neste momento, inevitável, sobretudo, agora que as taxas de juro atingem os valores históricos de 9,2%. Por essa razão, Portugal está a ser pressionado a pedir ajuda externa, quer ao FMI quer ao fundo de estabilização da UE. A Agência Finch ameaça cortar Portugal do ratting, se o Governo não pedir ajuda externa. Foi dito que só o recurso à ajuda externa dará credibilidade ao país. Julgo que só um governo de coligação com os três maiores partidos (PS, PSD e CDS-PP) poderá governar Portugal com alguma estabilidade, de forma a aumentar a confiança de Portugal junto dos mercados e dos demais governos europeus.

João Aragão nº15 10ºD

sebas disse...

Esta noticia diz nos que o primeiro ministro demitiu se, este foi um acto que era quase inevitável e já estava previsto que acontecesse. Esta noticia teve consequências não só na politica mas também agravou a crise nacional, os juros da divida dispararam para os 8% o que torna quase inevitável Portugal pedir ajuda ao FMI. Na minha opinião e de alguns economistas o PEC 4 não ter sido aprovado não tem nada a ver com ser um plano com medidas más, ou alguma coisa contra o PS,foi só um golpe politico com o objectivo de tirar Sócrates do governo, pois já se fala, se o PSD assumir o governo haver uma parceria com o PS sem Sócrates. O comentário de Sócrates depois do encontro de Belém com Cavaco Silva pareceu me bastante honesto no que toca a situação de pedir ajuda externa mas em contra partida ele fez o que faz normalmente e "deita as culpas para os outros" partidos como se consegue observar nesta afirmação "Lamento ter sido o único a fazer esse apelo e lamento ainda mais que nenhuma política tenha respondido a esse apelo". Depois deste capitulo na historia da politica portuguesa acho que é inevitável pedir ajuda externa (FMI)


Sebastião Mendonça Nº22 10º D