A economia vai contrair este ano mais do que o previsto pelo executivo italiano, uma vez que a queda da procura interna e dos investimentos acentuou a quarta recessão do país desde 2001. Segundo o instituto de estatística italiano Istat, o Produto Interno Bruto (PIB) vai cair 1,5% em 2012, antes de crescer 0,5% em 2013. Citado pela Bloomberg, o "chairman" do instituto italiano, Enrico Giovannini, acrescentou que o consumo das famílias e o investimento das empresas vão cair ambos, este ano, 2,1% e 5,7%, respectivamente. As projecções do Istat comparam com as estimativas do Governo de uma contração de 1,2% este ano e de 0,5% em 2013. A OCDE disse hoje que a economia italiana vai cair 1,7%, este ano, e expandir-se 0,5% no próximo. Já relativamente ao desemprego, o Istat diz que a taxa de desemprego, actualmente em máximos de 12 anos, nos 9,8%, não deverá cair até 2014. Este ano "vai ser lembrado como um ano muito difícil quer em termos económicos quer sociais", sublinhou Giovannini. No ano passado, Itália foi forçada a "reconhecer de forma traumática a seriedade da situação, uma vez que percebemos que éramos mais vulneráveis do que imaginávamos e começámos a lidar com muitos assuntos por resolver". Bárbara Esteves nº5 11ºD
A economia é o motor da sociedade
domingo, 27 de maio de 2012
Itália vai contrair mais do que o esperado pelo Governo
segunda-feira, 7 de maio de 2012
Abandonar a União Europeia?
A pergunta de Thibault, de Lyon:
“Um Estado-membro pode sair da União Europeia? Se sim quais as consequências para a UE?
A resposta de Antonio Villafranca, do programa europeu ISPI :
“Esta pergunta tem sido colocada há muito tempo. Foi discutida durante a Convenção Europeia presidida por Giscard d’Estaing onde se trabalhou no projeto da Constituição Europeia.
O compromisso alcançado não exclui um Estado-membro, mas dá a um Estado-membro a oportunidade de abandonar a União Europeia.
No fim, a Constituição não foi ratificada, mas esta oportunidade foi contemplada no Tratado de Lisboa.
Há um processo a seguir. Primeiro o Estado-membro tem de consultar o Conselho Europeu, encarregue de começar as negociações.
Na verdade tem de se decidir que tipo de relacionamento haverá entre a União Europeia e o antigo Estado-membro.
Tem de haver um acordo internacional, tal como os acordos que a UE tem com a Suíça, por exemplo.
O Conselho Europeu decide com uma maioria qualificada, mas o próprio Parlamento Europeu tem de votar.
Este é o processo que torna possível a saída de um Estado-membro da UE.
Perguntamo-nos se um Estado-membro pode deixar a zona euro. Nesta matéria os tratados nada dizem. Do ponto de vista legal, não é possível.
Mas se algo não for possível do ponto de vista legal, por vezes poderá tornar-se necessário de um ponto de vista político.”
Apresentado por: Afonso Bento
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