A chanceler alemã, Angela Merkel, mostrou-se
confiante na capacidade de a Grécia e os outros países da zona euro superarem a
crise da dívida soberana, numa entrevista hoje publicada num jornal checo.
• "A
Grécia ainda tem um longo caminho pela frente, mas já percorreu uma boa parte dele",
afirmou Merkel ao diário checo "Lidove Noviny", referindo-se também
ao compromisso grego de continuar na zona euro: "Essa é também a minha
vontade, já que uma saída teria consequências muito graves."
• O
Parlamento grego aprovou "medidas rigorosas, como cortar o salário
mínimo", afirmou a chefe do Governo alemão. "Estas são decisões
políticas muito difíceis que eu registo com muito agrado. A seu tempo, estas
decisões darão frutos."
• Na
entrevista ao jornal checo, Merkel mencionou também as medidas de austeridade
"corretas e necessárias" tomadas pelo Governo de Espanha. A chanceler
alemã comentou igualmente a contestação a essas medidas, que na quinta-feira
resultou numa greve geral.
• "Em
Espanha ocorreram naturalmente as reações correspondentes numa sociedade quando
é preciso impor reformas estruturais", disse Merkel. "Mas as reformas
são muito necessárias."
• Merkel
concedeu a entrevista ao "Lidove Noviny" em vésperas de uma visita à
República Checa, que começa na terça-feira. O Governo de Praga foi um dos dois
únicos membros da União que se recusaram a assinar o pacto orçamental da zona
euro (o Reino Unido foi o outro).
Notícia apresentada por: Afonso Limão