Fernado Nogueira lidera o ISP.
O relatório do Instituto de Seguros de Portugal refere que o aumento das seguradoras em dívida pública triplicou.
As seguradoras portuguesas triplicaram os seus investimentos em títulos de dívida pública nacional, no ano passado, refere o relatório do Instituto de Seguros de Portugal (ISP), hoje divulgado em Diário da República.
No entanto, o valor de mercado desses activos caiu 11%, adianta o mesmo documento, sem especificar montantes.
"Os activos das empresas de seguros sujeitas à supervisão do ISP aumentaram 1,4 % em 2010, face ao ano anterior. As aplicações continuam a reger-se por princípios de segurança e rendibilidade adequados ao carácter das responsabilidades assumidas, mantendo-se os títulos de dívida como a categoria mais representativa (78,7 % do total).
No entanto, apesar da manutenção da importância relativa desta categoria no total de activos, constatou-se uma alteração na sua composição, na medida em que o investimento em obrigações privadas se contraiu em 5,7 %, enquanto o investimento em dívida pública aumentou 4,6 %.
Em particular, o investimento em dívida nacional (valor nominal) triplicou face ao ano anterior, ao mesmo tempo que o valor de mercado destes instrumentos decresceu cerca de 11 %", refere o ISP.
De acordo com o mesmo relatório, também os fundos de pensões nacionais aumentaram de forma significativa o seu investimento em dívida pública portuguesa, ao longo de 2010.
"Tal como já anteriormente identificado no caso do sector segurador, também nos fundos de pensões se constatou, ao longo do ano, uma tendência para o incremento do investimento em títulos de dívida pública,
cujo montante (em valor nominal) aumentou cerca de 54 %", especifica o documento.
cujo montante (em valor nominal) aumentou cerca de 54 %", especifica o documento.
O ISP lembra que os operadores do mercado segurador e fundos de pensões "figuram entre os mais relevantes investidores institucionais nacionais, detendo exposições significativas a títulos de dívida pública e uma elevada concentração no sector financeiro".
Assim, num contexto de subida das ‘yields' associadas a estes títulos, "poderá ocorrer uma desvalorização dos activos detidos em balanço, com impacto directo nos rácios de capital".
Apresentado por: Tiago Oliveira Nº24 10ºD